Repositório RCAAP

DESCOLAMENTO EXSUDATIVO DA MÁCULA APÓS CIRURGIA DE CATARATA SEM COMPLICAÇÕES: CASO CLÍNICO

Introdução: as anomalias transitórias da permeabilidade vascular estão bem documentadas após a cirurgia de catarata, sendo frequentemente auto-limitadas. A manifestação típica abrange desde a exsudação sub-clínica ao edema macular clinicamente significativo, sendo este último mais frequente na presença de factores de risco. Objectivos: Os autores reportam um caso clínico de descolamento exsudativo da retina e edema macular no pós-operatório imediato de uma cirurgia de catarata por faco-emulsificação sem complicações, num doente sem factores de risco. Material e métodos: caso clínico de doente de 72 anos, sexo masculino, sem antecedentes relevantes oftalmológicos ou outros, submetido a cirurgia de catarata do olho direito por faco-emulsificação e colocação de lente intra-ocular no saco capsular, sem complicações cirúrgicas. 24 horas após a cirurgia, observou-se um extenso descolamento seroso do polo posterior e edema macular cistóide. Na angiografia fluoresceínica detectaram-se múltiplos locais de “leakage”. Optou-se pela observação e medicação com acetazolamida oral e nepafenac tópico, com total resolução do quadro clínico após 1 mês. A acuidade visual melhor corrigida final foi de 10/10. Discussão e conclusão: a permeabilidade vascular alterada após a cirurgia de catarata é frequente, mesmo em doentes sem factores de risco para edema macular. Pode resultar não apenas em manifestações sub-clínicas ou clínicas de edema intra-retiniano, mas também em acumulação de fluido subretiniano. O caso apresentado é raro pela precocidade da manifestação e extensão do fluido subretiniano, num doente sem factores de risco.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Neves, Pedro Pereira

Hipertensão Ocular após cirurgia de Descolamento de Retina Regmatógeno

Introdução: A hipertensão ocular (HTO) pós-operatória é uma complicação subestimada pela maioria dos cirurgiões vítreo-retinianos, tendo elevada incidência e potencial para um mau resultado funcional. Contrastando com a maioria dos estudos, avaliámos esta problemática numa única patologia - o descolamento de retina (DR) regmatógeno. Métodos: Avaliação retrospetiva de 143 doentes submetidos a cirurgia de DR regmatógeno ao longo de 4 anos. O outcome estudado foi a HTO pós-operatória e sua relação com factores de risco cirúrgicos. Excluíram-se doentes sem informação sobre pressão intraocular (PIO), com follow-up <3 meses, HTO/glaucoma prévio, cirurgia anterior de DR, descolamento de coroideia, complicações intra-operatórias ou recidiva precoce de DR. Resultados: 66 doentes foram incluídos. A incidência de HTO pós-operatória foi 37,9% (25 doentes), com um aumento de 15,6 ± 6,2 mmHg de PIO relativamente ao valor pré-operatório. A maioria destes doentes (88%) apresentou HTO nos primeiros 10 dias após cirurgia. A HTO foi transitória e resolvida com fármacos hipotensores oculares pontuais em 11 doentes. 12 doentes cumpriram terapêutica cronicamente e 2 doentes foram submetidos a cirurgia de glaucoma. A HTO pós-operatória revelou-se estatisticamente independente da técnica cirúrgica realizada (vitrectomia isolada ou em associação com cerclage; P=0,1), do tipo de tamponamento (silicone ou gás; P=0,3) e da cirurgia simultânea de cristalino (P=0,5). Conclusões: A HTO no período pós-operatório precoce foi uma complicação frequente após cirurgia de DR regmatógeno. A terapêutica médica hipotensora ocular foi suficiente para controlar a maioria dos casos. A cerclage, o tamponamento com silicone e a cirurgia simultânea de cristalino não foram associados a maior risco de HTO pós-operatória.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Couceiro, Rita Leal, Inês Proença, Helena Faria, Mun Monteiro-Grillo, Manuel

Influência de uma intervenção terapêutica precoce em doentes com desvio vertical dissociado associado a endotropia congénita

RESUMO Objetivos: Analisar a influência de uma intervenção terapêutica precoce no desenvolvimento e gravidade do desvio vertical dissociado (DVD) em doentes com endotropia (ET) congénita. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de 100 doentes com o diagnóstico de ET congénita, que foram submetidos a injeção intramuscular de toxina botulínica. Os doentes foram divididos em dois grupos: aqueles que realizaram o primeiro tratamento com toxina botulínica antes dos 24 meses de idade (Grupo toxina ≤24 meses) e os que realizaram depois dos 24 meses (Grupo toxina >24 meses). A propósito destes casos clínicos avaliaram-se os seguintes fatores: ângulo do desvio da ET, idade aquando da realização da toxina botulínica, história de prematuridade, presença de DVD, ângulo do desvio horizontal e vertical no follow-up >8 anos. Resultados: Foram analisados 50 doentes do Grupo toxina ≤24 meses e 50 doentes do Grupo toxina >24 meses. Em ambos os grupos verificou-se uma forte correlação positiva (P=0.65 e P=0.68, respetivamente) entre o ângulo do desvio da ET e o grau de DVD, sendo esta associação mais forte no Grupo toxina >24 meses. 98% dos doentes do Grupo toxina >24 meses desenvolveram DVD,  comparado com 74% do Grupo toxina ≤24 meses (P<0.05). O grau de DVD foi maior no Grupo toxina >24 meses, comparativamente ao Grupo toxina ≤24 meses (P<0.05). 82% dos casos do Grupo toxina ≤24 meses e 80% do Grupo toxina >24 meses, obtiveram um desvio horizontal pós-toxina ≤10 DP. 66% dos casos do Grupo toxina ≤24 meses e 24% do Grupo toxina  >24 meses obtiveram um DVD <5 DP. Conclusões: A administração precoce de toxina botulínica em crianças com ET congénita, especialmente em casos com grande ângulo de desvio da ET, diminui a incidência e a magnitude do DVD. Palavras-chave: ET congénita, DVD, toxina botulínica, intervenção precoce.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Cristóvão, Diana Merca

Scheimpflug Imaging for Evaluation of Optical Components in Portuguese Children with history of preterm birth

Abstract. Purpose: To evaluate anterior segment (AS) using Scheimpflug Imaging and refraction in children with preterm birth with and without Retinopathy of Prematurity (ROP).Methods: In a cross-sectional study, 39 eyes of premature patients without ROP (Group 1) and 39 eyes with history of ROP (Group 2) between 9 and 17 years old were evaluated with PENTACAM after cycloplegia. Visual acuities, refractive errors and AS parameters (central corneal thickness (CCT), anterior chamber volume, anterior chamber depth, iridocorneal angle, lens thickness) were evaluated in all Groups. Clinical history such as gestational age at birth, birth weight, time of oxygen exposure, Stage of ROP in maximal severity of acute disease and ROP treatment were questioned. Results: Scheimpflug imaging showed a significant difference in CCT with lower values in group 2 (p<0,05). Stage of ROP and time of oxygen exposure showed significant impact on CCT. Group 2 showed also lower anterior chamber volume and depth.Lens thickness was higher in Group 2, particularly in eyes with treated ROP and was positively correlated with ROP stage and time of oxygen exposure and negatively correlated with gestational age and weight at birth. Conclusions: AS anatomy is different in premature eyes without ROP compared with eyes with history of ROP. The eyes with history of ROP have shallower anterior chamber and greater lens thickness than premature eyes without ROP. These differences in AS could explain the higher incidence of myopic shift in eyes of children with history of ROP. Keywords: anterior chamber, cornea, myopia, preterm birth, retinopathy of prematurity.   Resumo. Objetivo: Avaliação de refração e do segmento anterior (SA) com sistema de imagens Scheimpflug em crianças com antecedentes de parto pre-termo. Métodos: Estudo transversal com pacientes entre 9 e 17 anos divididos em 2 grupos principais: crianças com história de prematuridade sem ROP (grupo 1) e com ROP (grupo 2). Parâmetros do SA foram avaliados com PENTACAM após cicloplegia: espessura central da córnea (ECC), volume da câmara anterior, profundidade da câmara anterior, ângulo iridocorneano e espessura do cristalino. Acuidades visuais e erros refrativos foram também avaliados. Os antecedentes clínicos, como a idade gestacional, o peso ao nascer, o estadio da ROP na severidade máxima da doença aguda, tipo de tratamento efetuado e complicações neonatais foram obtidos. Resultados: Verificaram-se valores mais baixos de ECC no grupo 2 (p<0,05). O estadio da ROP e o tempo de exposiçãp ao oxigénio foram os fatores com maior impacto na ECC. O grupo 2 revelou um volume e profundidade de câmara anterior (CA) mais baixos. A espessura do cristalino foi superior no grupo 2, particularmente nos olhos com história de ROP tratada e correlacionou-se de forma significativa e positiva com o estadio da ROP e o tempo de exposição de oxigénio. Por sua vez, correlacionou-se de forma negativa com a idade gestacional e peso ao nascer. Conclusões: Os olhos com história de ROP apresentam uma CA mais estreita e cristalino mais espesso do que os olhos prematuros. Estas diferenças poderão explicar a elevada incidência de shift miópico nos olhos com história de ROP. Palavras chave: Câmara anterior, córnea, miopia, perto pre-termo, retinopatia da prematuridade.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Marques, Nadine Sousa

Estado Refrativo em Crianças com Retinopatia da Prematuridade Tratada com Laser e/ou Bevacizumab

Objetivo: Relatar o estado refrativo em prematuros que desenvolveram retinopatia da prematuridade em estadio 3+ e que foram tratados na nossa instituição. Material e Métodos: Estudo retrospetivo com 24 prematuros em que o tratamento foi de monoterapia LASER, monoterapia Bevacizumab ou combinação de LASER + Bevacizumab. Em nove prematuros o tratamento num olho foi com monoterapia LASER e no outro olho foi com monoterapia Bevacizumab. Obteve-se a refração por esquiascopia após cicloplegia. Resultados: Nos olhos tratados com monoterapia LASER (n=11) o equivalente esférico foi de - 4.55 D ± 5.68, nos olhos tratados com monoterapia Bevacizumab (n=24) o equivalente esférico foi de +0.92 D ± 1.86, nos olhos tratados com combinação de LASER e Bevacizumab (n=10) o equivalente esférico foi de -7.70 D ± 3.16. A diferença média do equivalente esférico entre a monoterapia LASER e a monoterapia Bevacizumab foi de 5.46 D (p < 0.01). A diferença média do equivalente esférico entre a combinação de LASER e Bevacizumab e a monoterapia Bevacizumab foi de 8.62 D (p < 0.01). Nos 9 prematuros com monoterapia LASER num olho e monoterapia Bevacizumab no outro olho, verificou-se que no olho que fez tratamento com LASER o equivalente esférico foi de -3.89 D ± 5.71 e no olho que fez tratamento com Bevacizumab o equivalente esférico foi de +0.39 D ± 2.42, diferença média de 4.28 D (p=0.55). Conclusões: Nos olhos que receberam tratamento com LASER verificou-se maior prevalência de miopia e alta miopia do que nos olhos tratados com Bevacizumab.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Ramalho, Mario

VARIAÇÃO SAZONAL E INFLUÊNCIA DE FATORES METEOROLÓGICOS NA INCIDÊNCIA DE DESCOLAMENTOS REGMATÓGENOS DA RETINA NA ZONA CENTRO DE PORTUGAL E NA MADEIRA

OBJETIVOS Analisar a variação sazonal e a influência de fatores meteorológicos na incidência a 5 anos de descolamento regmatógeno da retina (DRR), na região centro do país e região autónoma da Madeira (RAM). MÉTODOS Série de casos consecutiva, retrospetiva e multicêntrica. Incluíram-se doentes submetidos a cirurgia de DRR no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Hospital Doutor Nélio Mendonça entre Janeiro’10 e Dezembro’14. A seleção de casos foi feita através codificação ICD-9-CM e os critérios de inclusão foram: 1)idade ≥18 anos; 2)DRR de novo; 3)reparação cirúrgica do DRR. Consideraram-se critérios de exclusão: 1)DR tracional, exsudativo ou misto; 2)DR antigo ou re-descolamento; 3)soluções de continuidade ou lesões regmatógenas tratadas apenas com laser. Os dados meteorológicos diários das estações de Coimbra, Leiria, Aveiro, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Funchal, foram utilizados na análise estatística. RESULTADOS Foram incluídos 1013 olhos (914 da região centro e 99 da RAM), com idade média 61,84±14,00 anos. Através de um modelo cronológico de regressão linear constatou-se a presença de sazonalidade com picos nos meses de Maio e Setembro. A temperatura média apresentou uma associação marginalmente significativa com a incidência de DRR num modelo biológico de regressão linear considerando os mais fortes preditores de DRR da amostra. CONCLUSÕES Os nossos resultados demonstram que a incidência de DRR se associa a um padrão sazonal significativo que parece ser explicado pela temperatura. Este estudo alerta para a necessidade de um eficaz planeamento em saúde que deverá passar por uma gestão harmoniosa de recursos humanos em épocas de maior incidência.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Marques, João Pedro Rodrigues, Ana Catarina Raimundo, Miguel Moniz, Sandra Trindade, Fábio Alfaiate, Mário Figueira, João

CORRELAÇÃO ENTRE ESPESSURA MACULAR E CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS PERIPAPILAR NO GLAUCOMA INICIAL

Introdução: Os autores pretendem analisar a espessura macular e a camada de fibras nervosas peripapilar (CFN) em doentes com glaucoma inicial e com o diagnóstico de hipertensão ocular (HTO). Também propõem um modelo de correspondência da espessura macular de uma dada região do hemisfério superior com a CFN temporal superior (TS) e do hemisfério inferior com a CFN temporal inferior (TI) no glaucoma inicial. Material e Métodos: Estudo retrospectivo não randomizado, constituído por 48 olhos com glaucoma inicial e 39 olhos com diagnóstico de HTO, submetidos a análise da assimetria da espessura macular do polo posterior e da CFN por Tomografia de coerência óptica Spectral Domain (SD-OCT). Avaliamos a correlação entre a espessura macular de uma região selecionada do hemisfério superior e do inferior, com a CFN TS e  TI, respectivamente. Resultados: Nos doentes com glaucoma inicial, a espessura macular e a CFN (global e sectorial) foram significativamente inferiores (p<0,01). A correlação da CFN TS com a espessura macular da região selecionada do hemisfério superior foi moderada (R:0,403; p<0,01), e  da CFN TI com a região selecionada do hemisfério inferior foi positiva forte (R:0,612; p<0,001). Conclusão: Dado que, a CFN TI é o sector apontado como precocemente afectado no glaucoma, e se verificou uma correlação forte com a região macular inferior selecionada, consideramos que esta também pode ser mais vulnerável à lesão glaucomatosa inicial. A avaliação desta região isoladamente ou integrada com a CFN, poderá ser valiosa no diagnóstico precoce.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Cabugueira, Ana

Avaliação multimodal de drusen do disco ótico

Objetivos: O objetivo deste trabalho foi estudar a estrutura, limites e localização dos drusen do disco ótico (DDO) e a sua relação com a estrutura do disco ótico, recorrendo a uma avaliação multimodal. Material e Métodos: 22 olhos de 12 doentes com DDO confirmados por ecografia oftálmica foram submetidos a avaliação do disco ótico com tomografia de coerência ótica de domínio espectral (SD-OCT) em modo enhanced depth imaging (EDI-OCT) e autofluorescência do fundo (AFF). A análise estatística foi realizada com o software STATA v. 13.0. Resultados: O EDI-OCT mostrou DDO de diversos tamanhos (média de altura: 446,9 ± 116,5 μm). DDO de diferentes alturas (≥500 μm/<500 μm) apresentavam localizações distintas relativamente à membrana de Bruch (p <,000). 20 olhos (91%) apresentavam DDO com estrutura interna hiporrefletiva, identificando-se simultaneamente DDO iso/hiperrefletivos em 18 olhos (82%). Determinou-se uma correlação negativa entre o número de DDO identificados no disco com EDI-OCT e a espessura média da camada de fibras nervosas (CFN) (r= -0,46, P= 0,037), verificando-se uma correlação positiva entre o número de DDO e o número de setores do disco em que a CFN se encontrava fora dos limites da normalidade (r= 0,67, P= 0,0009). Conclusões: O facto de terem sido identificados, no mesmo olho, DDO com diferentes características apoia a hipótese de que representem DDO com composição ou estados de maturação distintos. O número de DDO foi o parâmetro que melhor se relacionou com a espessura média da CFN e com o número de setores do disco em que a CFN se encontrava fora dos limites da normalidade.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Couceiro, Rita Barata, André Pinto Ferreira, Nuno Campos, Fátima Pinto, Filomena

Safety of dexamethasone intravitreal implant injections for treatment of macular edema related to retinal vein occlusion

Purpose: To assess the safety of the dexamethasone implant in the treatment of macular edema (ME) secondary to retinal vein occlusions. Material and Methods: Retrospective study of patients with ME secondary to central retinal vein occlusion (CRVO) or branch retinal vein occlusion (BRVO) treated with dexamethasone implant (Ozurdex, Allergan Inc, Irvine, CA) from January 2011 through August 2015. Safety assessment included analysis of cataract progression, intra-ocular pressure (IOP) changes, antihypertensive eye drops requirement and/or glaucoma surgery. Results: Twenty-four eyes (24 patients) were included in the study, 58% female. Mean age was 66.5 years (49 – 95 years). Thirteen BRVO and 11 CRVO were treated in this series. 75% had history of previous treatment (laser, intravitreal injections or vitrectomy). In six patients (25%) the implant was used as first-line therapy. Twenty patients (83.0%) were phakic in the beginning of the study. Cataract progression was observed in two patients, though none required cataract surgery. Ocular hypertension (IOP>21mmHg) was documented in seven patients (29.1%) following treatment and control was reached with antihypertensive eye drops. A mean 3.53 mmHg elevation of IOP wasn’t statistically significant. The subgroup analysis of BRVO and CRVO did not detect differences in the following parameters: cataract progression, cataract surgery, IOP elevation and hypotensive drug requirement. Conclusions: The dexamethasone implant is an important therapeutic tool for ME secondary to retinal vein occlusions. In this series, cataract progression was negligible, though 83% of our patients were phakic. The IOP elevation, observed in 30% of patients, was readily managed with antihypertensive drops.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Gouveia, Petra

COMPRIMENTOS AXIAIS EXTREMOS E CÁLCULO DE LENTES INTRAOCULARES COM O IOLMASTER® - ANÁLISE DE 78 OLHOS

Objectivo:. Avaliar a magnitude do erro das fórmulas usadas no cálculo de lentes intraoculares (SRKII, HofferQ, Holladay1, SRK-T) para comprimentos axiais extremos (<22mm e >26mm) e comparar o desempenho relativo destas fórmulas nos dois subgrupos. Métodos: Avaliaram-se retrospectivamente 78 olhos de 65 doentes, com biometria realizada no IolMaster®. Destes, 48 têm comprimento axial inferior a 22mm e 30 têm comprimento axial superior a 26mm. A refração prevista calculada pelas diferentes fórmulas foi comparada com a refração um mês após a cirurgia. Testou-se a correlação entre comprimento axial e erro verificado.  Resultados: A refração final média foi 0,18±0,65D para comprimentos axiais inferiores a 22mm e -1,48±1,03D nos superiores a 26mm. O erro absoluto médio (diferença entre o cálculo de lente e refração final) para comprimentos axiais inferiores a 22mm foi menor na fórmula HofferQ, diferindo com significado estatístico da Holladay1 (p=0,016), mas não da SRK-T (p=0,350). Para comprimentos axiais superiores a 26mm, o erro absoluto médio foi menor na fórmula SRK-T. Diferiu com significado estatístico da Holladay1 (p=0,032), mas não da HofferQ (p=0,156). Houve correlação entre erro absoluto médio e comprimento axial em comprimentos axiais superiores a 26mm, para as fórmulas SRK-T (R=0,438, p=0,016), HofferQ (R=0,447, p=0,013) e Holladay1 (R=0,386, p=0,035). Conclusão: A HofferQ tem o melhor desempenho nos comprimentos axiais menores que 22mm e a SRK-T nos superiores a 26mm. A comprimentos axiais sucessivamente mais extremos corresponde um aumento estatisticamente significativo do erro absoluto médio nos comprimentos axiais superiores a 26 mm, mas não nos inferiores a 22mm.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Silveira e Silva, Diana

Quando suspeitar de orbitopatia tiroideia e que exames solicitar?

No summary/description provided

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Ferreira, Mara Cabral, João

Ectropion Lacrimal

No summary/description provided

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Araújo, Maria

Implantes nas cavidades anoftálmicas – qual a melhor solução?

No summary/description provided

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Tavares, Rui

Ectrópio medial da pálpebra inferior

No summary/description provided

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Prazeres, Sandra

EFFICACY AND PROGRESSION OF MACULAR ATROPHY AFTER SEVEN YEARS OF TREATMENT WITH RANIBIZUMAB: THE MYOPIC SEVEN-UP

PURPOSE: To assess the seven-year efficacy of intravitreal ranibizumab (IVR) in the treatment of myopic choroidal neovascularization (mCNV), and to estimate the progression of macular atrophy. MATERIAL AND METHODS: Retrospective study with cross-sectional evaluation. Medical records of high myopic patients with mCNV treated with IVR with minimum follow-up of 84months were analysed. A final cross-sectional evaluation included best corrected visual acuity (BCVA), colour fundus photography, spectral-domain optical coherence tomography (SD-OCT) and fundus autofluorescence (FAF) imaging. RESULTS: Thirteen eyes of 13 patients with an average follow-up of 96.6±5.4 months were included. After a mean number of 8.5±4.5 IV injections of ranibizumab, BCVA at baseline and on the last visit was 48.4±16.7 letters (L) and 45.2±26.8 L, respectively (p=0.6).VA improved up to the third year (56.7±21.0 L) and decreased ever since. Regarding the last visit, 4 patients (30.8%) reached a significant visual gain (BCVA >5 L), 2 patients (15.4%) maintained visual acuity (range between -5 and 5L), and in 7 patients (53.8%) more than 5 L loss was reported. Concerning macular atrophy area, we noticed an increase, on average 4.6±3.2mm2, meaning a significant progression (p=0.002). The mean central macular thickness ranged from 304.9±116.5 µm at baseline to 360.5 ± 89.1 µm on the last visit (p> 0.05). CONCLUSIONS: Ranibizumab is an effective drug in the treatment of CNV, secondary to pathologic myopia, stabilizing or even improving BCVA. However it does not seem to prevent subsequent macular atrophy which could be related with progressive VA loss.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Martins, Amélia Farinha, Cláudia Santos, Ana Rita Figueira, João Pires, Isabel Cachulo, Maria Luz Silva, Rufino

Avaliação da Densidade de Pigmento Macular em Doentes Medicados com Hidroxicloroquina

Introdução: A retinopatia provocada pela hidroxicloroquina (HCQ) é rara e potencialmente irreversível, sendo fundamental a sua detecção precoce. Existem várias técnicas disponíveis para a medição da macular pigment optical density (MPOD), sendo uma delas a fotometria intermitente heterocromática (FIH). Material e Métodos: Estudo transversal, com uma amostra de 35 olhos de 18 doentes a realizar tratamento contínuo com HCQ. Avaliaram-se as queixas visuais, duração do tratamento, dose cumulativa, dose diária total e diária ajustada ao peso, melhor acuidade visual corrigida (MAVC), biomicroscopia do segmento anterior, fundoscopia e quantificação da MPOD através do método de FIH com o aparelho QuantifEyeÒ. Os resultados foram comparados com um grupo de controlo ajustado para a idade. Resultados: Foram avaliados 35 olhos de 18 doentes com uma média de idade de 53,7±12,9 anos, constituída exclusivamente por mulheres. Nenhum apresentava queixas visuais, alterações na biomicroscopia ou maculares, e todos tinham MAVC ³0,80. Verificou-se uma MPOD média de 0,39±0,10 no grupo medicado com HCQ e de 0,49±0,12 no grupo de controlo (p<0,01). Objectivou-se associação entre a MPOD e a dose cumulativa de HCQ (r=-0,33; p<0,05). Conclusões: Este estudo permite-nos concluir que existe uma diferença significativa da MPOD em doentes medicados com HCQ, previamente ao aparecimento de sintomas ou sinais fundoscópicos de toxicidade. A MPOD correlaciona-se com a dose cumulativa do fármaco. Ao nosso melhor conhecimento, este é o primeiro estudo que avalia a MPOD com a FIH em doentes medicados com HCQ. A sua utilização pode ser vantajosa e complementar a avaliação destes doentes.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Miranda, Ana Filipa

Variação da espessura da coroideia e da retina após sessão de hemodiálise avaliada por tomografia de coerência óptica de domínio espectral em modo enhanced-depth imaging

Introdução: A hemodiálise (HD), técnica substitutiva da função renal utilizada em doentes com doença renal crónica terminal (DRCT) está associada a alterações hemodinâmicas bem descritas. O estudo da resposta de tecidos altamente vascularizados como a retina e coroideia a estas alterações hemodinâmicas pode permitir melhorar o conhecimento da fisiologia da circulação ocular. O objectivo deste estudo foi avaliar as alterações, antes e após uma sessão de HD, na espessura da coroideia (espessura da coroideia) nas localizações subfoveal (SF), a 1000 μm nasal (N) e temporal (T) ao centro da fóvea bem como a espessura macular central (EMC) utilizando tomografia de coerência óptica de domínio espectral em modo enhanced-depth imaging (EDI SD-OCT). Materiais e Métodos: estudo prospectivo com 31 olhos de 17 doentes (9 mulheres) com DRCT sob HD crónica. Foram adquiridas imagens de EDI SD-OCT maculares uma hora antes e uma hora após a HD. A espessura da coroideia foi medida manualmente pelo mesmo operador e a EMC determinada automaticamente. Consideramos significância estatística p<0.05. Resultados: A espessura da coroideia nas localizações SF, N e T aumentou de 249.45±12.1 para 266.35±12.2μm (p=0.005), de 221.90±12.8 para 248.10±13.1μm (p<0.005) e de 242.23±11.7 para 271.29±26.2μm (p=0.21), respectivamente. A EMC não alterou significativamente com a HD (de 214.81±6.11 para 214.81±5.8μm, p=1.0). Conclusão: A espessura da coroideia aumentou com a HD em doentes com DRCT. A autorregulação vascular da coroideia e o shifiting de fluido e moléculas entre o sangue e interstício da coroideia podem estar envolvidos na alteração da espessura da coroideia com a HD.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Leal, Ines Couceiro, Rita Vieira, Miguel Bigotte Lopez, Noélia Resina, Cristina Neves, Fernando Costa, António Gomes da Pinto, Filomena Neves, Carlos Marques Proença, Helena

Correlação entre a Autofluorescência de Fundo e o SD-OCT na Degenerescência Macular Ligada à Idade Exsudativa

Introdução: Estudos têm mostrado que na degenerescência macular ligada à idade (DMLI) exsudativa uma maior área de alteração do epitélio pigmentar retiniano (EPR) na autofluorescência de fundo (FAF) está associada a perda da acuidade visual (AV). Não existe, no entanto, nenhum estudo realizado nestes doentes que integre as alterações verificadas na FAF com a informação anatómica da tomografia de coerência óptica spectral domain (SD-OCT). Objectivo: Investigar a correlação entre a FAF e os resultados do SD-OCT em doentes com DMLI exsudativa antes e após o tratamento com bevacizumab intravítreo (IVB) e determinar os factores de prognóstico visual. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, com uma amostra de 24 olhos de 23 doentes com DMLI exsudativa submetidos a IVB como tratamento inicial. Foram avaliados a AV e os resultados da FAF e do SD-OCT antes e após o tratamento. Na FAF foi medida a área de alteração da autofluorescência e o seu padrão foi classificado. No SD-OCT foram avaliados a espessura macular central (EMC), integridade da membrana limitante externa (MLE) e integridade da junção entre o segmento interno e externo dos fotoreceptores (SI/SE). Resultados: Foram avaliados 24 olhos de 23 doentes com uma média de idade de 74,88±9,18 anos. A AV média pré-IVB foi de 0,86±0,54, na escala logarítmica do ângulo mínimo de resolução (logMAR). Uma maior perda da integridade do SI/SE pré- IVB correlacionou-se com uma maior área de autofluorescência alterada (r=0,57; p<0,05). Os factores pré-IVB associados a melhor AV após o tratamento são menor área de FAF alterada, menor desintegração da MLE e do SI/SE e melhor AV. Conclusões: A associação da FAF com o SD-OCT em doentes com DMLI exsudativa pode ser útil na avaliação do potencial de recuperação da AV após o tratamento com anti-angiogénicos. Isto é especialmente importante em doentes com DMLI grave, nos quais a integridade da camada de fotoreceptores prévia ao tratamento pode não ser adequadamente avaliada, mesmo com o SD-OCT, podendo a FAF ter  um papel relevante.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Miranda, Ana Filipa

Tumores de localização palpebral, 15 anos de experiência no Centro de Patologia Oftálmica do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra

Introdução: Este estudo tem como objectivo estudar a frequência dos diferentes tipos de tumores palpebrais numa população portuguesa e a sua correlação clínico-patológica. Métodos: Foram utilizados 1622 casos de tumores de localização palpebral do Laboratório do Centro de Patologia Oftálmica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, de 1995 a 2009. Resultados: Dos 1622 tumores palpebrais, 1240 (76,4%) eram benignos. Os 5 tumores benignos mais frequentes foram o papiloma escamoso (30%), o nevus melanocítico (13,4%), o chalázio (10,4%), o quisto sebáceo (9,5%) e o xantelasma (7,3%). O tumor maligno predominante foi o carcinoma basocelular (86,3%). Segundo a classificação por origem, os tumores epidérmicos foram os mais frequentes (50,2 %). A idade média foi mais elevada nos tumores malignos (69,01 ± 13,59 anos) do que nos tumores benignos (56,75 ±18,32 anos). A frequência dos tumores benignos decresceu com o aumento da idade e a dos malignos aumentou. A pálpebra inferior (36,7%) foi a mais acometida. Tumores benignos foram mais frequentes na pálpebra superior (40,6%) e na pálpebra inferior (30,7%); os tumores malignos foram mais frequentes na pálpebra inferior (58,2%) e canto interno (23,6%). O diagnóstico clínico de tumores malignos alcançou uma sensibilidade de 93,7%, um valor preditivo negativo de 98,2% e 3,0% de falsos negativos. Conclusões: A patologia palpebral predominante é benigna. Na maioria dos casos a suspeita clínica é confirmada pelo estudo anátomo-patológico, mas obtiveram-se 3% de falsos negativos. Este é um dos poucos estudos epidemiológicos de tumores palpebrais em Portugal e que, de certa forma, reflecte a realidade nacional.

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Bizarro, Marisa Benigno

Ptose palpebral no adulto - Quando pedir exames e quais?

No summary/description provided

Ano

2022-11-18T13:08:30Z

Creators

Cunha, João Paulo Amado, Duarte Ferreira, Joana