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Postoperative pulmonary complications and strategies to prevent them in the perioperative period: a review
Postoperative pulmonary complications are common events and are the most frequent postoperative complications following thoracic and upper abdominal surgery, playing an important role in the risk for patients undergoing noncardiothoracic surgery. Postoperative pulmonary complications are as prevalent as cardiac complications and contribute similarly to adverse outcomes. Postoperative pulmonary complications are defined as any pulmonary abnormality occurring in the postoperative period, adversely influencing outcomes after surgery, and they can range from self-limited alterations in respiratory function, such as mild atelectasis or bronchospasm, to severe conditions, such as severe atelectasis, postoperative pneumonia or acute respiratory failure. Given the high clinical and economical impact of postoperative pulmonary complications, prevention and treatment are issues of major importance for the healthcare team. In the present manuscript a review was performed focusing the literature of the last 5 years using the PubMed database. We aim to review the most recent literature about postoperative pulmonary complications, focusing on understanding their pathophysiology and suggesting perioperative strategies to prevent them.
Orgulho de ser Anestesiologista
A Anestesiologia é uma especialidade com história, princípios e valores com uma matriz humanista e personalista. Baseada numa grande capacidade técnica e científica dos seus profissionais e tem toda a sua atividade centrada nos doentes que confiam em nós. Atravessamos uma época difícil com pressões de vários lados para produzirmos mais, sem a correspondente criação de condições para isso, sem o reconhecimento do esforço exercido, despersonalizados, transformados em máquinas produtoras. Ocorrem, ainda, tentativas de usurpação dos campos da Anestesiologia em nome de uma poupança aparente. É importante, por isso, demonstrar a importância dos Anestesiologistas. A nossa força advém da formação sólida, da atualização permanente, da manutenção de skills e da mobilização em estruturas que nos representem como a Sociedade, a Ordem dos Médicos e o Colégio de especialidade. Desde a tomada de posse, em Junho de 2014, a atual Direção desenvolveu várias atividades para reforçar o papel da Anestesiologia. Divulgação da especialidade Como consideramos importante educar, desde cedo, os nossos pares sobre as diferentes áreas e a importância da nossa atividade. Estabelecemos uma parceria com a ANEM (Associação Nacional de Estudantes de Medicina) realizando várias atividades de divulgação da Anestesiologia com cursos ministrados aos estudantes de Medicina, desenvolvidas em parceria com os Centros de Simulação Biomédica do CHUC (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto - Hospital de São João e da Faculdade de Medicina de Lisboa - Hospital de Santa Maria. Nestas atividades colaboraram elementos da Direção e da Secção de Medicina Intensiva - o Fernando Abelha, o Paulo Sá e o Pais Martins - bem como a Inês Mesquita, interna coordenadora, do Grupo Resident network. Sem a colaboração imprescindível dos colegas Anestesiologistas dos vários centros envolvidos, estas atividades não teriam sido possíveis. A exposição “Como a Anestesiologia mudou o mundo” que percorre os hospitais do país e muito contribuirá, também, para dar a conhecer o que somos. Formação Contínua Divulgamos e incentivamos a criação de Centros OLA (On-Line Assessment) no nosso país para tornar mais acessível a todos, internos e especialistas, esta ferramenta europeia de auto avaliação. Criámos o regulamento de Patrocínio Científico da SPA. Demos patrocínio científico e divulgámos várias iniciativas. Convidamos todos os colegas a participar no Congresso Nacional que, por certo, proporcionará uma ótima atualização em várias áreas particularmente na Hemoterapia e Via Aérea. A qualidade dos convidados faz prever um excelente nível. A lição magistral sobre ventilação por um expert internacional, os cursos e worshops bem como o Blood Alive serão também momentos altos do congresso. Criámos três prémios/Bolsa para frequentar curso ou Congresso creditado, a atribuir aos melhores trabalhos apresentados no Congresso deste ano que, sejam publicados na revista da SPA até Dezembro de 2015. A Revista tem também sido alvo de alterações para a tornar mais apelativa, coordenadas pelo seu editor membro dos corpos sociais da SPA, o António Augusto Martins. São muito bem-vindos artigos de qualidade. Dignificação da especialidade e manutenção das suas áreas Práticas de sedação por não médicos sob pseudo supervisão médica, ou por colegas sem formação para isso com acontecimentos imediatos que suscitam uma chamada da urgência anestesiológica, não são aceites. A SPA não irá sancionar protocolos de atuação para sedação por não médicos ou colegas sem a necessária formação. Tal como afirmado nas normas da DGS de 31/03/2014 deve ser obtido um consentimento informado escrito para a realização de sedação/anestesia, integrado no processo clínico do utente e a sedação/anestesia tem de ser realizada por médico anestesiologista. Lutar pela Medicina Peri-operatória, Medicina da Dor, Emergência e Cuidados Intensivos é defender a razão porque somos anestesiologistas e não meros “intubadores” de Bloco Operatório. Demos continuidade ao estabelecimento de Consensos como o de “Manuseio Peri-operatório dos doentes medicados com Anticoagulantes e Antiagregantes Plaquetários” e o das “Recomendações Peri-operatórias para Profilaxia do Tromboembolismo Venoso” criando uma App que proporcionará a todos os colegas anestesiologistas, cardiologistas, da medicina geral e familiar, cirurgiões das várias especialidades e aos próprios doentes, uma fácil orientação terapêutica minorando os riscos, os tempos de espera, cancelamentos, etc. Fomos pioneiros e protagonistas neste tipo de projeto coordenando consensos em grupos de trabalho multidisciplinares, consensos adotados posteriormente, pelas sociedades científicas das outras especialidades. Não aceitamos anestesiar um doente porque um internista ou um cardiologista nos diz que o podemos fazer - nós é que coordenamos a elaboração das normas seguidas por todos. Assumimo-nos como o médico especializado no doente e não numa doença. Proporcionar um espaço de Discussão sobre temas estruturantes da especialidade - Reuniões sobre Gestão, Liderança & Estratégia Pretendemos criar momentos de reflexão e discussão interativa sobre temas relevantes que nos preocupam a todos nós anestesiologistas que lidamos com questões no dia a dia, vivenciando as mais diversas situações. O nosso objetivo é que, dessa reflexão, saiam ideias e propostas. O Anestesiologista trabalha em equipa, assumindo frequentemente a liderança nos cuidados prestados ao doente, nomeadamente em situações de crise, tendo por isso, capacidades especiais para poder criar soluções de gestão dos recursos humanos, de aproveitamento e otimização de recursos. Em Outubro, nas Tertúlias, com organização do Rui Guimarães e Vitor Oliveira da Direção e corpos sociais da SPA, já existiram alguns momentos em que, de uma forma despretensiosa se abordaram questões deste foro nomeadamente, na sessão inaugural sobre Liderança. Em Dezembro decorreu a primeira das Reuniões sobre Gestão Liderança & Estratégia, desta vez incidindo sobre Recursos Humanos, Produção e Anestesiologia. Foram convidados todos os diretores de Serviço, além de a reunião ser aberta a todos os anestesiologistas. Pretendeu-se possibilitar uma perspetiva do que se passava no país de Norte a Sul, sem esquecer as ilhas. Participaram colegas desde o Minho e Trás-os-Montes até ao Alentejo e Funchal. Como oradores convidados estiveram: um representante do ACSS, o presidente dos SPMS, um anestesiologista presidente de um conselho de administração de um centro hospitalar, diretores de serviço de anestesiologia de grandes hospitais e o presidente do Colégio de Anestesiologia. Procurou-se criar um fórum de discussão sobre a Avaliação da Produção do serviço de anestesiologia independente da dos serviços cirúrgicos e avaliação da produtividade do anestesista independente da do cirurgião. É nossa intenção dedicar um número da revista a esta reunião para que todos possam partilhar desta reflexão. Em 2015 teremos outra reunião de Gestão, Liderança & Estratégia. No programa do Congresso Nacional inclui-se uma sessão pro / con sobre a falta de Anestesiologistas e o número considerado necessário para garantir cuidados de qualidade e segurança a todos os cidadãos. Intervenção na Sociedade Civil É também preocupação nossa divulgar a Anestesiologia ao cidadão comum, mais que isso, tornar acessível informação sobre a especialidade, estabelecer comunicação com os cidadãos promovendo a divulgação mas também a Qualidade e Segurança, mostrando simultaneamente a importância da Anestesiologia, o tipo de formação do médico anestesiologista perito em várias áreas que não devem ser usurpadas por outros por isso colocar em risco a segurança do cidadão. É um projeto de Medicina centrada no doente, focado na participação ativa e responsável dos cidadãos nos seus cuidados de saúde, nas tomadas de decisão, aproximando o cidadão do seu médico anestesiologista, projeto de grandes implicações sócio culturais. A avaliação pré-anestésica é um passo crítico na redução do risco associado aos procedimentos anestésico-cirúrgicos. O questionário VOU SER ANESTESIADO (VSA), apresentado pela SPA, em Outubro nas Tertúlias é um documento muito simples que convida a população em geral a participar ativamente na sua avaliação pré-anestésica, permitindo a redução do risco. Desde a sua apresentação recebemos vários mails de doentes anónimos a pedir o documento do VSA o que significa que o nosso primeiro objetivo foi alcançado: conseguimos chegar à população. No site que, iremos reestruturar, existirá uma área para o cidadão. Relações Interpares Desde a primeira hora integramos o Fórum das Sociedades Científicas Portuguesas participando nas reuniões bem como, mais recentemente, o Conselho Superior das Sociedades Científicas onde seremos dos primeiros a apresentar projetos de colaboração específica. - Relações Internacionais Participamos ativamente na NASC/ESA. Portugal é um país com muitos sócios associados o que é notório quando das votações em que temos quase o mesmo número de votos que países de maiores dimensões. Todos os Sócios da SPA que o pretendam poderão ser sócios associados da ESA bastando para isso, informar a SPA. Intervenção com a Tutela Entregamos na DGS os consensos de Manuseamento Peri-operatório dos doentes medicados com Anticoagulantes e Antiagregantes Plaquetários e o de Profilaxia do Tromboembolismo Venoso, dando continuidade à Direção anterior. Aguardamos resposta ao projeto do Grupo de Estudo para a Medição da Atividade Produtiva na Área da Anestesiologia, iniciativa conjunta da ACSS e SPA. Como SPA, queremos continuar a ser um espaço onde ir buscar energias para o futuro que apresenta muitos desafios e algumas incertezas. Temos mais ideias novas e projetos que a seu tempo iremos divulgando mas, pretendemos acima de tudo, ser uma SPA forte representante dos anestesiologistas portugueses, interlocutor respeitado no país e fora dele, aglutinadora de todos os anestesiologistas do país com atividade nas várias áreas que, tenham orgulho em ser anestesiologistas Quero continuar a construir uma anestesiologia técnica e científica robusta, que lidere orgulhosamente, novos modelos de organização, mais eficaz, capaz de conciliar a aquisição de conhecimentos científicos de nível cada vez mais exigente com a aquisição de competências em gestão e organização. Acredito que é nos momentos difíceis que se revelam os melhores, e que surgem oportunidades. Tudo farei para que a SPA constitua um pilar para a Anestesiologia se impor como especialidade charneira, como pilar dos novos modelos de gestão do hospital dando aos Anestesiologias motivos para se sentirem orgulhosos de serem anestesiologistas. . Coimbra, Fevereiro de 2015
Hemorragia peri-operatória massiva: esforços para reduzir a morte evitável e a morbilidade
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Cirurgia da Anca e Bloqueio do Plexo Lombar
Introdução: O bloqueio do plexo lombar é uma técnica loco-regional, útil para anestesia/analgesia seletiva de cirurgias da região anca e faces anterolateral e medial da coxa. Este trabalho tem como objetivos verificar da eficácia analgésica fundamentalmente da fase pós-operatória, bem como a incidência de efeitos secundários e complicações em comparação com outras técnicas analgésicas. Material e Métodos: Estudo retrospetivo sobre a casuística desta técnica, eficácia e complicações. Procedeu-se à colheita de dados da Unidade de Dor Aguda da totalidade de 93 doentes submetidos a bloqueio do plexo lombar por técnica dual guidance, neuroestimulação e ecografia por abordagem posterior durante os anos de 2011 e 2012. Resultados: Em 66,7% dos doentes a avaliação da dor segundo a escala numérica (de 0 a 10) foi de 0 para dor em repouso e 61,3% em movimento, tendo sido necessário administrar doses de resgate em 22,7% dos doentes. Verificaram-se 3 casos de náuseas e vómitos e 2 casos de sedação/depressão respiratória, 2 casos de bloqueio motor (grau 2) e 19 casos de bloqueio sensitivo (grau 2). O acompanhamento pela Unidade de Dor Aguda situou-se entre as 48 e as 96h na quase totalidade dos doentes. Conclusões: O bloqueio do plexo lombar para analgesia pós-operatória de cirurgia da anca, enquadrado num esquema de analgesia multimodal, incluindo inibidores da Cox2 e paracetamol em regime fixo, proporciona uma diminuição da necessidade de analgesia complementar com opióides. É uma técnica analgésica com reduzidas complicações e uma alternativa eficaz em doentes que apresentam dificuldades técnicas nos bloqueios analgésicos do neuroeixo.
2015
Carvalho, Inês Costa, Gabriela Lages, Neusa Correia, Carlos
Hemorragia massiva em Obstetrícia: princípios chave
INTRODUÇÃO: A hemorragia pós-parto é uma das principais causas de mortalidade e morbilidade maternas em todo o mundo. A sua abordagem requer o rápido reconhecimento da gravidade e avaliação das perdas hemorrágicas, bem como a ressuscitação volémica e hemostática com a respetiva monitorização, e o tratamento etiológico atempados. Surgem atualmente novos conceitos na abordagem da hemorragia pós-parto com a administração de fatores de coagulação, e a utilização de novas técnicas, antes não aplicados em contexto obstétrico. Este artigo tem por objetivo a revisão e sumarização dos principais princípios chave na gestão da hemorragia massiva em contexto obstétrico, com ênfase numa abordagem coordenada e interdisciplinar. MATERIAL E MÉTODOS: Revisão da literatura, utilizando a PubMed com os seguintes termos : [hemorragia massiva] e obstetrícia; [protocolo clínico] e obstetrícia; [testes de monitorização da coagulação] e obstetrícia; [testes point of care] e obstetrícia; [fatores de coagulação] e [hemorragia massiva em obstetrícia]. Seleção dos artigos publicados a partir de 2010 com inclusão de artigos de revisão, estudos experimentais, casos clínicos e artigos de investigação prospectivos ou retrospectivos. RESULTADOS: Os estudos realizados apresentam resultados semelhantes com a utilização eficaz e segura de novas técnicas em contexto obstétrico. DISCUSSÃO e CONCLUSÕES: A hemorragia massiva em obstetrícia é um evento crítico que exige uma abordagem interdisciplinar agressiva. A antecipação desta situação clínica, o trabalho em equipa e comunicação eficazes são ferramentas indispensáveis na melhoria do outcome e diminuição da morbilidade e mortalidade. Não menos importante é a avaliação rápida e in loco da hemóstase com monitorização point of care e terapêutica dirigida (goal directed coagulation management). São de primordial importância os protocolos e algoritmos de atuação, que devem ser treinados regularmente pelas equipas perinatais.
2015
Marques, Sofia Cabral, Raquel Fonseca, João Pereira, Margarida Alves, Cláudia Carvalhas, Joana
Bloqueio TAP subcostal contínuo bilateral como técnica anestésica no doente crítico
Este caso descreve a realização de um bloqueio do plano transverso abdominal (TAP) subcostal contínuo bilateral associado a sedação leve numa paciente de alto risco proposta para encerramento de laparostomia, proporcionando relaxamento adequado da parede abdominal, manutenção da ventilação espontânea e analgesia pós-operatória eficaz. A técnica permitiu evitar a utilização de bloqueadores neuromusculares e doses elevadas de opióides sistémicos, contribuindo para uma dinâmica ventilatória favorável.
2015
Faria, Joana Tarroso, Maria Lages, Neusa Correia, Carlos
Síndrome de Burnout em Internos de Anestesiologia
Introdução: A Síndrome de Burnout (SB) é um problema social que prejudica a qualidade de vida do profissional de saúde e a qualidade do seu trabalho assistencial. O objetivo deste estudo foi avaliar a SB entre internos de anestesiologia e determinar as características sócio-demográficas que podem conduzir ao seu desenvolvimento. Material e Métodos: Um questionário foi enviado a uma amostra de conveniência de internos de anestesiologia durante 2 meses. O questionário utilizado foi o Copenhagen Burnout Inventory (CBI) validado para português. Testes paramétricos e não paramétricos foram utilizados na análise das comparações. Um p<0.05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Foram obtidos 42 questionários (proporção de participação de 40.0%). Dos 42 inquiridos 35.7% eram internos do 2ºano, 69.0% eram do sexo feminino, 90.5% não tinham filhos e 69.0% eram solteiros. Dos inquiridos, 30.0% apresentaram níveis elevados de BT e 32.5% níveis elevados de BP. As mulheres e os inquiridos que responderam “Muitas vezes” à questão “Já pensou em mudar de especialidade?”, apresentaram níveis elevados de BT e BP (p<0.05). Discussão: Uma percentagem considerável de inquiridos apresentou níveis elevados de BT e BP, especialmente as mulheres. Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre níveis elevados de burnout e idade, estado civil, existência de filhos e ano de internato. Conclusões: Este estudo contribuiu de alguma forma para a divulgação da SB na anestesiologia, constituindo a base para futuros trabalhos com objetivo de melhor caracterização do fenómeno na nossa realidade.
2015
Freitas, Joana Rodrigues Pereira, Luís Alberto Pinho, Cristiana Valente Zenha, Sérgio Miguel Vieira, Mara Isabel
Rocurónio ou Succinilcolina na Intubação de Sequência Rápida: resultados de um questionário entre os anestesiologistas portugueses
Introdução: A succinilcolina tem sido o pilar da Intubação de Sequência Rápida (ISR) há mais de 50 anos, mas o rocurónio tem surgido como uma alternativa válida. Este estudo teve como objectivo avaliar o uso de relaxantes musculares (RM) na ISR entre os anestesiologistas portugueses. Material e Métodos: Um questionário electrónico anónimo com 16 questões foi enviado para 596 anestesiologistas portugueses por email. O questionário foi desenhado para encaminhar os inquiridos para diferentes perguntas de acordo com a escolha de RM. Resultados: Dos 258 participantes (taxa de resposta de 43,3%), 20,9% são residentes, 47,3% são especialistas em anestesiologia há menos de 10 anos, 20,0% entre 10 e 20 anos e 11,8% há mais de 20 anos. A succinilcolina foi o RM mais frequentemente utilizado (67,8%) devido a um início rápido de acção (62,7%) e melhor grau de relaxamento (22,9%). O rocurónio é o RM de eleição para 30,2% dos anestesiologistas portugueses. As duas principais razões para a sua escolha incluem, a possibilidade de reversão rápida do bloqueio neuromuscular com sugamadex (46,0%) e os efeitos laterais de succinilcolina (39,7%). Discussão e Conclusões: Os RM são fármacos imprescindíveis na ISR. A succinilcolina é o RM de primeira linha na ISR para a maioria dos anestesiologistas portugueses inquiridos, porque apresenta maior rapidez de acção. A escolha do rocurónio parece estar baseada na segurança, devido à possibilidade de reverter o bloqueio neuromuscular com sugamadex.
2016
Pereira, Luciano Matias, Francisco Paiva, Miguel Valentim, Ana Loureiro, Clarinda
Anesthesia in the Elderly
There is a growing expansion of elderly population, associated with an increased demand for surgical treatments by older patients. There is an age-related decline in physiological reserve, which may be compounded by illness, cognitive decline, frailty and polypharmacy. The elderly are at relatively higher risk of mortality and morbidity after elective and emergency surgery. The aims of peri-operative care are to treat adequately the elderly patients in a timely, dignified manner avoiding postoperative complications. An effective peri-operative care improves the likelihood of very elderly surgical patients returning to their pre-morbid place of residence, and maintains the continuity of their community care when in hospital. This manuscript approach the singular geriatric physiology and the perioperative assessment of the elderly patient to help guide the care of elderly patients hoping to improve the care of these patients.
Sumário dos Resumos submetidos ao Congresso anual da SPA 2015
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Congresso da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia 2015 - Comunicações Científicas
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2015
Amorim, Pedro Sá, Paulo Martins, António Augusto Órfão, Rosário
Comunicações Orais - Congresso SPA 2015
Seleção das dez melhores comunicações científicas em submissão ao Congresso Anual da SPA com base na análise dos Resumos realizada pelo Grupo dos Revisores das Comunicações.
2015
do Congresso SPA 2015, Comissão Científica
Pósters ao Congresso Anual da SPA 2015
Comunicações Científicas submetidas ao Congresso Anual da SPA 2015 e seleccionadas pelo Grupo de Revisores designado para o efeito.
2015
do Congresso SPA 2015, Comissão Científica
Avaliação da concentração de gases anestésicos no Hospital de S.João
Introdução: Os efeitos adversos para a saúde pela exposição ocupacional a gases anestésicos permanecem controversos. Recomendam-se valores limite de exposição para minimizar possíveis riscos para a saúde dos profissionais. O nosso objetivo foi avaliar a concentração de gases anestésicos no ar ambiente em diferentes locais no Hospital de S. João durante um período de 7 anos. Material e Métodos: Efectuou-se monitorização semestral de protóxido de azoto, sevoflurano e desflurano no período compreendido entre 2005 e 2012 nos Blocos Operatórios na dependência do Serviço de Anestesiologia e na Unidade de Queimados, recorrendo a espectroscopia foto-acústica de infra-vermelhos. Resultados: A proporção de amostras com valores de gás anestésico acima dos valores limite de exposição foi superior na Unidade de Queimados (54,5%), TAC/RMN (38,6%) e no Bloco de Cirurgia Ambulatório (34,5%).O desflurano foi o gás com maior proporção de medições acima dos valores limite de exposição (16,7%). Discussão: Nos doentes queimados a sedação/anestesia geral é o tipo de anestesia mais utilizada sendo frequente o recurso à via inalatória. No TAC/RMN o baixo número de renovações de ar por hora e a utilização frequente de um sistema de ventilação aberto poderá justificar os resultados. O desflurano poderá estar associado à ocorrência de fugas não detectadas. A ventilação inadequada não parece justificar a maioria das não conformidades. Conclusão: Os locais com maior risco de exposição foram a Unidade de Queimados, TAC/RMN e Cirurgia de Ambulatório. É necessária manter uma rigorosa monitorização hospitalar dos gases anestésicos.
2015
Norton, Maria Norton, Pedro Xará, Daniela Pina, Fátima
POSSUM e POSSUM e P-POSSUM: Preditores de Morbilidade e Mortalidade em Doentes Submetidos a Cistectomia Radical
Introdução: Os scores POSSUM (Physiological and Operative Severity Score for the enUmeration of Mortality and Morbidity) e P-POSSUM (Porthmouth-POSSUM) estimam o risco de morbilidade e mortalidade pós-cirúrgica. O objetivo do estudo é avaliar a capacidade preditiva de morbilidade e mortalidade dos scores POSSUM e P-POSSUM em cistectomia radical. Material e Métodos: Colheita prospetiva das variáveis fisiológicas e cirúrgicas dos doentes submetidos a cistectomia radical na instituição, desde janeiro de 2013 a agosto de 2014. Registo de morbilidade e mortalidade observadas aos 30 dias. Calculados riscos individuais de morbilidade e de mortalidade a partir dos scores POSSUM e P-POSSUM; estratificação em grupos de risco. Calculadas médias de morbilidade e mortalidade estimadas e quocientes de morbilidade e mortalidade observada/esperada, para cada grupo. Avaliação da capacidade preditiva dos scores através dos testes binomial e Qui-quadrado (valor p<0,05 foi considerado significativo). Resultados: Recrutados 29 doentes, 26 do sexo masculino, idade média 68±13 anos. A morbilidade observada foi 62% e estimada de 52% (POSSUM). Ausência de diferenças estatisticamente significativas entre morbilidade observada e estimada (p=0.51). A mortalidade observada foi 10.3% e a estimada de 14.2%(POSSUM) e 4.5%(P-POSSUM). O POSSUM sobrestimou mortalidade em doentes de baixo risco, havendo diferenças estatisticamente significativas entre mortalidade observada e estimada (p=0.0024). A mortalidade estimada pelo P-POSSUM não diferiu significativamente da observada (p=0.2244). Discussão e Conclusões: O score POSSUM foi um bom preditor de morbilidade mas não de mortalidade, aos 30 dias após cistectomia radical. É necessário aumentar o tamanho amostral para validar a estimativa de mortalidade pelo P-POSSUM.
2016
de Pinho, Daniela Filipa Rodrigues Areias, Ágata Calixto, Luísa Castanheira, Manuel Amadeu, Eduarda
Plágio na publicação científica-violação séria ou desonestidade tolerável?
Nestas duas últimas décadas de publicações de literatura científica tem-se vindo a assistir a um número cada vez maior de retratações por parte de alguns autores, cujos artigos colocam em causa e de um modo dramático, a veracidade e a credibilidade dessa mesma literatura.
Publicações dos Anestesiologistas Portugueses
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Análise do perfil de publicação científica em Anestesiologia – Revista e Congresso da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, 2014
A Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA) foi fundada em 1955. Em 1979 realiza-se o 1º Encontro de Anestesiologistas Portugueses, com o qual a SPA conseguiu atingir “uma reunião dirigida a todos os Anestesiologistas Portugueses”.1 Em 1985, ocorre a primeira publicação da Revista da SPA, que “nasceu de uma necessidade de comunicação entre os Anestesiologistas portugueses”.1 O 1º Congresso Português de Anestesiologia realiza-se em 1991, mas só em 2012 ocorre a primeira publicação do suplemento do Congresso Nacional de Anestesiologia. O contributo das publicações da revista SPA tem sido fundamental para a divulgação dos diversos trabalhos e para a evolução do ensino e investigação, sendo “possível usá-la como observatório da evolução da especialidade em Portugal desde a data da sua fundação”.1 Partindo deste princípio, os autores pretendem analisar as diversas publicações da Revista e do Congresso da SPA durante o ano 2014, usando essa análise como um indicador da atividade científica nacional. As publicações do Congresso da SPA são resumos de trabalhos, selecionados para apresentações orais ou posters. De fora ficam, nesta primeira abordagem, áreas específicas como a Anestesia Regional ou outras revistas nacionais, que têm atividade editorial importante. Não são também consideradas as publicações de autores nacionais em revistas internacionais. Desta forma, a extrapolação desta análise para uma caracterização corrente da atividade científica global da nossa Especialidade tem limitações. Pretende-se adaptar uma metodologia de caracterização da produção científica para exprimir a atividade não só dos grandes centros mas também dos serviços com menores dimensões e recursos, que geralmente vêm subavaliado o seu trabalho.
2015
Ferreira, Ana Margarida Ferreira, José Luís
Abcesso Epidural – uma complicação anestésica
Os abcessos epidurais são infeções muito graves do Sistema Nervoso Central. Constituem lesões focais confinadas ao crânio ou coluna vertebral que exercem compressão cerebra lou medular causando sintomas severos e complicações permanentes. Este caso clínico constitui a descrição de uma complicação pós-operatória após uma artroplastia total do joelho.Embora seja uma entidade rara, tem-se vindo a verificar um aumento de incidência nos últimos 30 anos que se deve, não só aos avanços tecnológicos no campo da imagiologia,mas também ao envelhecimento progressivo da população e ao acréscimo do número de anestesias regionais. A chave para o tratamento desta complicação é o seu reconhecimento precoce, pelo que a hipótese diagnóstica deverá ser colocada, especialmente em casos de doentes imunocomprometidos submetidos a técnicas anestésicas regionais, sob pena de comprometer a cura completa e levar ao desenvolvimento de sequelas graves.
2015
Carvalho, Inês Tomé, Sara Osório, Joana Dinis, Isabel
Censos Anestesiologia – 2014 Relatório Final
A perceção atual da existência de um deficit significativo de anestesiologistas no País, levou a Direção do Colégio de Anestesiologia a desenvolver um Censos Nacional desta especialidade cuja recolha de dados foi realizada no mês de maio de 2014. Contactados todos os Diretores dos Serviços de Anestesiologia das Instituições Públicas que compõem o Serviço Nacional de Saúde – SNS (com modelos de gestão empresarial ou privada, no continente e regiões autónomas dos Açores e da Madeira, incluindo os três centros regionais do Instituto Português de Oncologia, Dr. Francisco Gentil, e as duas unidades dos Hospitais das Forças Armadas) num total de 52 instituições, foi solicitado que os dados relativos à organização, recursos humanos e logística reportassem à semana entre 12 e 18 de maio de 2014, e que a casuística relativa a resultados operacionais dissesse respeito ao ano de 2013. O inquérito desenvolvido para o efeito foi ainda enviado em versão simplificada aos Diretores Clínicos dos Hospitais Privados a operar em Portugal, com o objetivo de também se identificarem todos os anestesiologistas a trabalhar exclusivamente em hospitais privados.O Censos registou 595.185 intervenções cirúrgicas realizadas nas 52 instituições públicas analisadas, das quais 82,8 % o foram de forma programada, e destas 43,5 % em regime de ambulatório. Constatou-se ainda 110.668 procedimentos com apoio de anestesia fora do bloco operatório, 279.205 consultas de anestesia e 99.153 consultas de dor crónica. Identificaram-se 44.956 analgesias de parto, que se pensa possam corresponder a cerca de 65 % dos partos ocorridos nos Serviços de Obstetrícia dos Hospitais do SNS. Foram identificados 1121 anestesiologistas com vínculo aos Serviços de Anestesiologiadas Instituições Públicas analisadas, 71 anestesiologistas a trabalhar nesses hospitais, noutros Serviços que não o da Anestesiologia, e 62 recém-especialistas a aguardar colocação,num total de 1254, o que corresponderá a um rácio de 12,0 por 100.000 habitantes.Se tivermos em conta os 200 anestesiologistas a trabalhar exclusivamente no sector privado esse rácio passa para 13,9 por 100.000 habitantes. Os diversos Diretores dos Serviços de Anestesiologia dos Hospitais Públicos, afirmam no seu todo existirem menos 467 anestesiologistas que os necessários para as necessidades em cuidados anestésicos no País, valor esse que se prevê possa ser reduzido em cerca de dois terços até 2020, permitindo uma outra capacidade de recursos humanos para dar resposta às crescentes solicitações para prestação de cuidados anestésicos com que enfrentam diariamente os Serviços de Anestesiologia dos Hospitais do SNS.
2015
Lemos, Paulo Lima, Joaquim Figueiredo Viana, Joaquim Assunção, José Pedro Veiga, José Chedas, Manuel Sousa, Manuel Costa Branca, Pedro Abrunhosa, Rosário Almeida, Valentina