Repositório RCAAP

Raising awareness on awareness – Case Report

Awareness is a rare though important complication of general anaesthesia that still occurs in the present, with an estimated incidence of 1-2:1000 general anaesthetics. We present the case of a 63-year-old female patient with breast cancer presenting for unilateral mastectomy, sentinel lymph node excision and placement of short-term tissue expander under general anaesthesia, who experienced intraoperative awareness. We then set out to perform a root cause analysis in search of contributing factors in this particular case, acknowledging the importance of automatic data collection systems in this type of investigation. A systematic search for the underlying cause should always be performed, as its importance extends not only the patient directly involved but also to subsequent cases, given that potentially repeatable errors or unsuspected equipment malfunction may be unveiled.

Ano

2018

Creators

Alves, Daniel Rodrigues Rodrigues, Nuno Miguel Alves, Juliana Parente, Suzana

Isolated traumatic brain injury as a cause of early coagulopathy – Case Report

Trauma induced coagulopathy has been reported in cases of isolated traumatic brain injury. We report a case where thromboelastometry (ROTEM®) was the only warning sign of the ensuing coagulopathy. A 77 years-old female, fell down multiple stairs. Assisted on scene, she was intubated and transported to the emergency department. Head computed tomography showed an acute subdural hematoma. No other trauma injury or signs of active bleeding were identified on admission, but a blood sample for ROTEM® was collected. During craniotomy she developed hemodynamic instability, as well as signs of coagulopathy.  First ROTEM® showed absence of clot formation and transfusion therapy was started. There was clinical improvement, and a post-transfusion ROTEM® showed improved clot formation. Admitted to the Intensive Care Unit, the patient died 24 hours after the initial neurologic injury. Early identification of coagulopathy associated with trauma is crucial, which can contribute to an improved  outcome. 

Ano

2018

Creators

Pires, Rafael Marques

Bibliografia da História da Moderna Anestesiologia Portuguesa (1947-2016)

A lista da Bibliografia da História da Anestesiologia Portuguesa no período de 1947-2016 pretende ser exaustiva. Inclui referências a alguns textos servidos por uma bibliografia rigorosa e que resultaram de uma investigação específica de arquivos e demais fontes, a textos que foram escritos de memória por intervenientes diretos em factos relatados. Embora com menor rigor, estes últimos são suscetíveis de conterem interessantes informações. Alguns trabalhos contém afirmações mal documentadas, “suspeitas”, passadas acriticamente de trabalho em trabalho. Facilitar o trabalho clarificador de futuras investigações da História da Anestesiologia em Portugal é um dos objetivos desta publicação. As publicações estão referidas por data de publicação e não estão classificadas de acordo com nenhuma avaliação qualitativa. 

Ano

2018

Creators

Tavares, Jorge

Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação

Introdução: A monitorização da temperatura, manutenção da normotermia, prevenção e tratamento da hipotermia perioperatória inadvertida são considerados, atualmente, standard of care. Este trabalho teve como principais objetivos conhecer a prevalência da monitorização e manutenção da temperatura no período perioperatório, nas instituições de saúde em Portugal; e identificar os motivos para o eventual incumprimento das recomendações internacionais. Material e Métodos: Foi elaborado um inquérito aos anestesiologistas portugueses, que pretendia avaliar a importância que estes atribuem à monitorização da temperatura e prevenção da hipotermia perioperatória inadvertida, assim como a sua prática clínica nas instituições onde exercem funções. Resultados: Obtiveram-se 108 respostas ao questionário. A maioria dos anestesiologistas atribui grande importância à monitorização da temperatura. Contudo, a maioria admite não monitorizar ou fazê-lo com pouca frequência no pré-operatório, e de forma mais frequente no intra-operatório e pós-operatório imediato. A maioria dos inquiridos considera como indicação para aquecimento ativo um volume ≥1000ml/h e tempo anestésico previsto >60 minutos. Quanto à temperatura das salas de bloco operatório foi referida como sendo <21ºC pela maioria dos inquiridos. Discussão e Conclusão: Verificamos que a monitorização da temperatura é um aspeto considerado importante na qualidade da prática anestésica. O local de monitorização da temperatura parece depender do doente e do procedimento cirúrgico. Destaca-se a necessidade, por parte das diversas instituições de saúde do país, de mais investimento em dispositivos de aquecimento e técnicas de monitorização de temperatura, de forma a melhorar a qualidade do desempenho. Salienta-se ainda a necessidade de recomendações sobre este tópico, adequadas à realidade nacional.

Ano

2017

Creators

Ribeiro, Ana Filipa Pereira, Elisabete Matias, Francisco Azenha, Marta Macedo, Ana Luísa Órfão, Maria do Rosário

Os novos desafios na Anestesiologia Obstétrica

A Obstetrícia está em constante evolução. O avanço do conhecimento médico e a inovação tecnológica permitem que as mulheres engravidem cada vez mais tarde, e que mulheres com comorbilidades graves, que antigamente não conseguiam sequer engravidar, possam levar a sua gravidez a termo.  Estes “milagres” maravilhosos, levantam sérios desafios à Anestesiologia....

Ano

2017

Creators

Lança, Filipa

Recomendações para Abordagem Anestésica do Doente Idoso em Cirurgia Ambulatória

A Cirurgia Ambulatória tem tido, em Portugal, como em todo o mundo, um crescimento bastante acentuado na última década. Este crescimento tem-se baseado numa cultura de qualidade, segurança e eficiência centrada no doente e não na patologia cirúrgica. A elaboração de Recomendações Clínicas tem merecido a atenção das sociedades científicas ligadas à Anestesiologia e à Cirurgia Ambulatória, recorrendo à organização de vários Grupos de Trabalho e à realização de Reuniões de Consenso alargadas a todos os Anestesiologistas Portugueses. Esta metodologia, seguida para a elaboração de outras Recomendações no passado, tem resultado na produção de documentos como este que, os autores aqui apresentam e que têm como objetivo a promoção das boas práticas em Anestesiologia para cirurgia ambulatória numa subpopulação de doentes (os IDOSOS) que tem bastantes especificidades fisiopatológicas com implicações, não só na técnica anestésica, como também na avaliação pré-operatória e seguimento pós-operatório.

Ano

2017

Creators

Vieira, Vicente Carmona, Cristina Silva Pinto, JM Marcos, Ana

Recomendações para abordagem anestésica do doente obeso em Cirurgia Ambulatória

A Cirurgia Ambulatória tem tido, em Portugal, como em todo o mundo, um crescimento bastante acentuado na última década. Este crescimento tem-se baseado numa cultura de qualidade, segurança e eficiência centrada no doente e não na patologia cirúrgica. A elaboração de Recomendações Clínicas tem merecido a atenção das sociedades científicas ligadas à Anestesiologia e à Cirurgia Ambulatória, recorrendo à organização de vários Grupos de Trabalho e à realização de Reuniões de Consenso alargadas a todos os Anestesiologistas Portugueses. Esta metodologia, seguida para a elaboração de outras Recomendações no passado, tem resultado na produção de documentos como este que, os autores aqui apresentam e que têm como objetivo a promoção das boas práticas em Anestesiologia para cirurgia ambulatória numa subpopulação de doentes (os OBESOS) que tem bastantes especificidades fisiopatológicas com implicações, não só na técnica anestésica, como também na avaliação pré-operatória e seguimento pós-operatório.

Ano

2017

Creators

Carmona, Cristina Vieira, Vicente Marcos, Ana Silva Pinto, JM

Resultados de um Inquérito sobre o Manuseio do Bloqueio Neuromuscular em Portugal

São apresentados os resultados de um inquérito sobre o manuseio do bloqueio neuromuscular abrangendo as vertentes da utilização de bloqueadores neuromusculares, da monitorização dos seus efeitos e da sua reversão. Este inquérito foi dirigido aos Anestesiologistas (Especialistas e Internos em Formação Especifica) e foi disponibilizado numa plataforma informática (Google Drive). Foram recolhidas e validadas 465 respostas que representarão cerca de 30% dos Anestesiologistas a exercer em Portugal. A participação neste inquérito faz-nos estar convictos da importância desta questão do manuseio intraoperatório do bloqueio neuromuscular. A constatação de contradições em algumas respostas, leva-nos a concluir que mais informação e formação nesta área será certamente necessária. Recomendações criadas no seio das sociedades científicas, nomeadamente da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA), poderão constituir uma ferramenta essencial para fomentar uma prática mais segura para os nossos doentes.

Ano

2018

Creators

Esteves, Simão Roxo, António Resendes, Hernâni Pereira, Luciane Fernandes, Nuno Borges, Sandra Pereira, Sandra Albuquerque, Susana Caramelo, Susana Vargas, Susana Carlos, Telma

Current trends in Regional Anesthesia: a survey on Portuguese Anesthesiologists motivation and practice

Introduction The use of Regional Anesthesia techniques has gained increasing popularity. There are few data about conditions affecting education, attitudes and limitations for regional techniques use. The purpose of this study was to know the current practice of Regional Anesthesia in Portugal and to determine the factors affecting its application among the Portuguese Anesthesiologists.   Methods  The “Practice of Regional Anesthesia Questionnaire” was designed using a focus group, a Delphi process and a pilot test. The 32 items were divided into four scores: motivation, advantages, training and barriers. Groups of specialists in Anesthesia for more or less than 10 years, members of a Regional Anesthesia Society and paediatric experience were studied. The questionnaire link was sent by e-mail to Portuguese hospitals with training programs.   Results 190 Anesthesiologists answered the questionnaire. Younger  anesthesiologists achieved higher scores on advantages. Members of a Regional Anesthesia Society were more motivated and exhibit more versatility in Regional Anesthesia. 52% of responders didn’t execute regional blocks in children due to inadequate training. The majority of the responders didn’t believe that Regional Anesthesia delays the starting times of surgeries or the time for discharge from a post-anesthesia care unit.   Discussion and Conclusion Most Portuguese Anesthesiologists were motivated and interested in Regional Anesthesia. The main reported limitation was inadequate training. Training programs must be implemented so that regional techniques become a competency of every Anesthesiologist. This study may function as a benchmark for future assessment of the Regional Anesthesia practice and for evaluation of the implemented measures.

Ano

2018

Creators

Simões, Vânia Valente, Francisco Tomé, Inês Dias, Sara Carrilho, Alexandre

Passado, presente e futuro

Este ano a nossa comunidade  Anestesiológica  perdeu dois antigos presidentes da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, António Neves da Costa e Carlos Couceiro. Foram dois pioneiros, figuras que dignificaram a Anestesiologia coimbrã, nacional e mundial. A ambos prestamos homenagem ...

Ano

2017

Creators

Órfão, Rosário

Oximetria cerebral durante ressuscitação cardiopulmonar: indicador útil durante paragem cardíaca prolongada em doente proposta para exérese de aneurisma ventricular

A monitorização da oximetria cerebral faculta, de forma não invasiva e em tempo real, informação contínua acerca da oxigenação cerebral. Apresentamos um caso de paragem cardíaca, sem resposta às manobras de suporte avançado de vida após indução anestésica, obrigando a entrada emergente em circulação extracorporal, sempre sob monitorização de oximetria cerebral. Neste caso, os valores da oximetria cerebral desceram instantaneamente com a paragem cardíaca, subiram com as manobras de ressuscitação convencionais e voltaram para os valores  próximos dos iniciais com a entrada em circulação extracorporal. A monitorização da oximetria é um indicador útil durante episódios de paragem cardiorrespiratórioa, não só para monitorização da qualidade das manobras de ressuscitação, assim como para identificação de períodos vulneráveis ao desenvolvimento de lesão neurológica. No entanto é ainda difícil definir valores preditivos de recuperação da circulação espontânea assim como valores preditivos de um bom outcome neurológico após paragem cardiorrespiratória.

Ano

2017

Creators

Reis, Lígia Silva

Proposta de Consensos de Manutenção da Normotermia no Período Perioperatório

A hipotermia perioperatória inadvertida é uma complicação frequente, capaz de ser prevenida e que está associada a piores outcomes. Segundo a literatura, 26% a 90% dos doentes submetidos a procedimentos cirúrgicos eletivos apresentam-se hipotérmicos no final da cirurgia e esta complicação pode ocorrer em qualquer fase do período perioperatório. Embora as guidelines da ASA sejam escassas no que respeita à informação sobre a monitorização da temperatura, a evidência recolhida nos últimos anos é consensual na importância da manutenção da normotermia no intraoperatório. Como tal, é considerado que durante qualquer procedimento anestésico, a temperatura central do doente seja mantida em valores superiores a 36oC durante todo o período perioperatório, de modo a minimizar os efeitos adversos associados à hipotermia inadvertida e melhorar o outcome do doente7. Os consensos de manutenção da normotermia no período perioperatório têm como objetivos sintetizar a evidência científica sobre a importância da normotermia perioperatória na população adulta e desenvolver recomendações para fomentar a normotermia perioperatória.

Ano

2017

Creators

Azenha, Marta

Consensus Nacional Multidisciplinar de Medicina Peri-operatória em Cirurgia da Obesidade

O objetivo deste consensus é divulgar os standards de cuidados peri-operatórios em cirurgia da obesidade, com foco na qualidade de recobro, de forma a contribuir para melhorar os outcomes e a possibilidade de os mensurar, a nível nacional. As recomendações foram aprovadas com o apoio da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, num trabalho nacional interdisciplinar entre especialistas de anestesiologia, cirurgia geral, endocrinologia, psiquiatria e nutricionismo. O número de obesos tem vindo a aumentar mundialmente. A cirurgia da obesidade é atualmente considerada o tratamento mais eficaz, quer a nível de perda de peso quer no controlo de patologias associadas. O acompanhamento do doente, no período peri-operatório, deve ser efetuado por uma equipa multidisciplinar. A informação prestada aos obesos, a otimização das suas condições médicas e a avaliação do risco peri-operatório são determinantes para a conduta anestésica e redução da morbilidade, com consequente diminuição do tempo de internamento. As técnicas poupadoras de opióde e o uso de fármacos de curta duração de ação ou facilmente reversíveis dão opções vantajosas.

Ano

2017

Creators

Santos, Alice Rafael

Dois anos de atividade da SPA

Estimados colegas,     Mais um ano em prol da Anestesiologia Portuguesa.   Atividades 2016/17   Em 18 de Junho 2016 foram aprovados os novos Estatutos da SPA, em Guimarães berço da nacionalidade, de bom augúrio na continuação do projeto da nossa Sociedade. Registados em 19 de Julho de 2016,  consubstanciam o âmbito da  nossa especialidade nas suas áreas de Medicina Perioperatória, (Anestesia para Cirurgia e Exames de Diagnóstico e Terapêutica  desde a consulta até ao pós operatório); a Medicina Intensiva e de Emergência e a Medicina da Dor e poderão ser consultados no site da SPA. Em Junho realizou-se ainda,  a 3ª Reunião de Gestão, Liderança e Estratégia, dedicada aos temas Kaizen na Saúde e Serviços de Anestesiologia no Organograma hospitalar. Em 2017, a 4ª Reunião de Gestão , Liderança e Estratégia decorrerá em 20 de Maio, em Óbidos e, mais uma vez serão convidados os diretores de serviço de Anestesiologia e assistentes graduados sénior. Também em Óbidos em 18, 19 e 20 de Maio 2017 teremos o 1º Curso de Formação de Formadores específico para Anestesiologistas – CuFF- A. Sendo o ensino em Anestesiologia um elemento vital para garantir a qualidade na prestação dos cuidados de saúde e a segurança dos doentes, a  SPA desenvolveu um curso para Especialistas em Anestesiologia com o objetivo de melhorar as suas capacidades de ensino, baseado no curso Teach The Teachers da Sociedade Europeia de Anestesiologia, lecionado por anestesiologistas que se formaram nesse curso (anestesiologistas acreditados pela ESA como formadores). Será coordenado pela Filipa Lança.   Entre 11 e 14 de Maio 2017 decorrerá em Lisboa o Congresso Anual do World Medicine Park, em que a SPA e a SPOT (S. Portuguesa de Ortopedia e Trauma) estão envolvidas. Convido a consultarem o site da WMPark e a participar em mais um evento internacional realizado em Portugal. Em Outubro  2016 decorreram as Comemorações do dia Mundial da Anestesiologia com eventos organizados , a convite e sob  patrocínio da sociedade, pelos serviços de Anestesiologia da Unidade de Saúde local de Matosinhos e  Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro, e vários centros de Simulação desde o Funchal, Hospital da Estefânia em Lisboa até ao  CHUCoimbra. Em 2017, a SPA convidou os serviços de Anestesiologia do Centro Hospitalar do Porto e Centro Hospitalar de Leiria para organizarem as Comemorações do Dia Mundial da Anestesiologia. Em Leiria, local de trabalho da coordenadora do Grupo de Medicina da Dor da SPA, Ana Mangas, as comemorações terão por tema essa área da Anestesiologia, tendo a SPA convidado também a APED para se associar. Em 13, 14 e 15 de Outubro 2017  teremos novamente as Tertúlias de Anestesiologia, desta vez no Douro, em Lamego. Será mais uma reunião longe dos grandes centros em local propício ao  saudável convívio, aprendizagem e reflexão. A originalidade e ambiente descontraído em que,  com grande qualidade se abordam temas pertinentes.  proporcionarão  excelente aprendizagem técnica, cientifica e humana imprescindíveis ao team building das equipas onde os Anestesiologistas operam. O Rui Guimarães, o Vitor Oliveira, o Pedro Girão e toda a equipe tertuliana  não dececionarão as expectativas.   De 24 a 26 de Novembro decorrerá no Algarve uma Reunião conjunta da SPA e SPCCTV (Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular).A futura secção de Anestesiologia em Cirurgia Cardiovascular, proposta pelo João Viterbo, está já a elaborar o programa.   Em 14 de Janeiro 2017 decorreu em Coimbra o Painschool IV  dedicado à Dor Aguda Pós operatória, coordenado pelo Rui Valente. Foi uma excelente oportunidade de formação nesta área frequentada por colegas de norte a sul do país.   Congresso Nacional  SPA 2017 De 10 a 18 de Março de 2017, a Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA) organiza o Congresso Nacional onde se atualizam e partilham conhecimentos e experiências. Uma oportunidade para conviver, reencontrar velhos amigos, conhecer novos colegas, receber os novos internos e divulgar a especialidade, mas também  espaço para conhecer as novidades tecnológicas e farmacêuticas, estabelecer consensos e   apresentar trabalhos. O tema central é Inovação em Anestesiologia. e além do programa principal  do congresso existirão 5  cursos e 7 simpósios, decorrendo no Hotel Sheraton no Porto e no Centro Biomédico de  Simulação  do CHPorto/ICBAS.  Mantendo a tradição,  o secretariado será  assegurado pela Skiros. Este ano e, porque o tema é Inovação, teremos uma aplicação informática com o programa. A ideia será permitir a cada um a construção do seu programa ideal do Congresso. Os abstracts dos posters constarão também da aplicação. Na elaboração do  Programa do Congresso participaram anestesiologistas experientes como o José Aguiar,  outros  mais novos como a Marta Azenha, a Marta Pereira e a Joana Mourão, e alguns  internos coordenados pela Inês Mesquita. A principal preocupação foi criar fóruns de discussão e atualização em  áreas  importantes da Anestesiologia convidando colegas portugueses e de vários países da Europa  peritos em áreas especificas para permitir partilha de experiências e conhecimentos. Assim, participarão nomes importantes da Sociedade Europeia de Anestesiologia (ESA), o presidente da NASC,o presidente da Sociedade Europeia de Anestesia em Cirurgia Cardiovascular, primeiros autores de importantes Guidelines europeias, membros do ERAS mundial (Enhanced Recovery After Surgery) e, de algumas seções da SPA como a de Internos, Anestesia em Cirurgia de Ambulatório, Medicina Intensiva, Anestesiologia Obstétrica, Qualidade e Segurança, Simulação, Anestesia em Cirurgia Cardiovascular,  Via Aérea difícil e Medicina Perioperatória. Na sexta-feira,  o Congresso começará com  duas salas em simultâneo, numa delas   palestras  magistrais sobre Inovação – Um desafio para a Saúde, na outra uma sessão  dedicada a um projeto  inovador em Medicina Perioperatória , ERAS – Enhanced recovery after surgery., que trará ganhos para doentes e sustentabilidade ao sistema de saúde. Durante dois dias serão debatidos novos conceitos e controvérsias  em  áreas como : Via Aérea, Controle da Hemorragia (Patient Blood Management), Monitorização, Ambulatório, Neuroanestesiologia e Anestesia em Cirurgia Cardiovascular. Temas como Medicina baseada na evidência, Como manter a atualização, Elevar  padrões de qualidade e segurança, Responsabilidade médico legal serão também discutidos por uma pletora de experts nacionais e internacionais de elevada craveira. Sendo a Anestesiologia uma especialidade  que  trabalha predominantemente em equipes multidisciplinares, no Congresso  participarão colegas de outras especialidades,  farmacêuticos, engenheiros, juristas e enfermeiro em painéis de peritos  com discussão de casos clínicos como o de Controle da Hemorragia e  sessões sobre Programas para a Segurança. A secção de Qualidade da SPA, Cláudia Alves e Luciane Pereira, irá apresentar no Congresso o Sistema de Notificação de eventos críticos e Recomendações de equipamento para carros de Anestesia.   Paralelamente, decorrerão 5 cursos, quatro antes do -congresso e um no último dia do Congresso. Nos dias 10 e 11 de Março,   serão os cursos sobre Via Aérea difícil, e Fibroscopia em Via Aérea coordenados pelo Jorge Órfão e  organizados  pelo Grupo de Trabalho de VAD da SPA/ CEEA- ESA. Constituindo  um capítulo  de primordial importância na formação em Anestesiologia, contemplada na grelha de Avaliação dos Internos, onde a quantidade de novos equipamentos, associada ao crescente número de doentes com via aérea difícil, torna premente a atualização contínua, convidamos , os internos e os anestesiologistas mais experientes a realizar uma formação/atualização creditada, em via aérea. Em 24 de Março a secção de VAD da SPA irá  leccionar o 1º Curso da SPA sobre Técnicas Invasivas e Ecografia em Via Aérea coordenado pelo Carlos Mexedo. Em Junho e Outubro haverá novamente cursos de Via Aérea difícil, e Fibroscopia. No dia 16 de Março decorrerá o 7º Curso de Introdução ao Internato,   as boas vindas da SPA, aos novos internos de Anestesiologia, este ano coordenado por três internos: Bernardo Matias, Francisco Valente e Pedro Godinho. No dia 18, teremos o 1º SIMCUP Portugal, Curso de Competição em Simulação, uma oportunidade de formação para internos. Neste curso, contamos com a colaboração do representante dos internos no council da ESA, da coordenadora do Centro de Simulação do Centro Hospitalar do Porto e a equipe do Prof. Pier Luigi Ingrassia. Contamos com elevada adesão participando no congresso, frequentando  os cursos ou  enviando trabalhos para apresentar sob a forma de poster ou comunicação livre. Os trabalhos  são cuidadosamente avaliados e selecionados, recebendo o melhor classificado um prémio. É nosso objetivo garantir que o Congresso se destaca pela qualidade cientifica dos trabalhos apresentados. A  equipe de revisores coordenada por Fernando Abelha aprimorou os critérios de seleção procurando assegurar a qualidade com rigor e justiça. Agradecendo a todos os que patrocinam e colaboram na organização do Congresso, convido todos os Anestesiologistas  a participar no Congresso da SPA  2017.   Consensus e Recomendações   A SPA dando continuidade a  projeto iniciado em 2014, publica nesta 1ª revista de 2017,  os Consensus de Anestesia em Ambulatório no idoso e no obeso coordenados pela secção de Anestesiologia em Cirurgia de Ambulatório, presidida pelo  Vicente Vieira, consensos  já subscritos pela Associação Nacional de Cirurgia de Ambulatório. Publicamos também os de Anestesia em Cirurgia bariátrica, apresentados no Congresso de 2016 pela Alice Santos, e submetidos a discussão alargada através do site da SPA e divulgação junto dos diretores de Serviço de Anestesiologia  e  de  algumas entidades. Na revista consta ainda a Proposta de Consensus para Manutenção da Normotermia, que está no site e  será apresentada pela Marta Azenha,  coordenadora do grupo de trabalho e amplamente  discutida no Congresso 2017 em reunião para onde todos os diretores de serviço são convidados. No Congresso serão ainda apresentados Recomendações para Utilização de Relaxantes Musculares, pelo Simão Esteves coordenador de amplo grupo de trabalho, de Patient Blood Manegment em Obstetricia, pela Joana Carvalhas coordenadora do grupo de trabalho multidisciplinar, e Proposta de Recomendações para Sedação, pela Joana Mourão. Agradecemos e felicitamos  as equipes de consensos pelo excelente  trabalho desenvolvido.   Entretanto, foram criadas novas secções e  grupos de trabalho, destacando-se dois  grupos em parceria com outras sociedades cientificas.  De salientar a grande vontade dos colegas  Anestesiologistas  dos vários serviços do país, de outras sociedades portuguesas ou internacionais  em participar ativamente em atividades com a SPA.. A todos agradeço a disponibilidade e desejo que o trabalho seja produtivo.     ESA/NASC   A Anestesiologia atingiu em Portugal níveis de excelência,  com formação de grande credibilidade internacional. Enquadrando-se no seu espaço geográfico e científico a SPA integra a European Society of Anesthesiology (ESA) através da National Association Scientific Committee (NASC) e os sócios da SPA podem ser sócios associados da ESA o que lhes confere alguns direitos, divulgados no site da ESA. Para deles usufruírem os sócios da SPA terão apenas que informar  a SPA da sua pretensão. De acordo com os seus objetivos a SPA oferece oportunidade de crescimento profissional, agregando valor aos associados. Convido todos os Anestesiologistas a fazerem-se sócios da SPA.   European Diploma in Anesthesiology and Intensive Care   Em 2017,  haverá 2 centros de exame, Lisboa dias 7 e 8 de Outubro e Porto dias 10 e 11 de Novembro. Esperamos que os potenciais candidatos aproveitem a oportunidade que lhes conseguimos dar, de realizar o exame em Portugal, inscrevendo-se em bloco. Um número elevado de candidatos de língua portuguesa a realizar exame em Portugal,  pode ainda facilitar a realização futura do exame em português algo porque a atual direção tem pugnado.     Como a Anestesiologia mudou o mundo   A exposição percorre o país desde Outubro de 2014, com grande sucesso e irá continuar em 2017, no sul e ilhas. A Carolina Rocha tem realizado um exaustivo trabalho de organização.   Como demonstramos, a  Anestesiologia e a SPA  que a representa estão ativas, preocupam-se em dignificar, divulgar, valorizar e promover o desenvolvimento da especialidade respeitando valores éticos.   Até breve,   Rosário Órfão  

Ano

2017

Creators

Órfão, Rosário

CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E ABORDAGEM PERI-OPERATÓRIA DOS CENTROS DE CIRURGIA BARIÁTRICA EM PORTUGAL - INQUÉRITO NACIONAL

Introdução: A cirurgia bariátrica (CB) é um tratamento eficaz nos casos de obesidade mórbida. O seu sucesso não se restringe ao ato cirúrgico mas está dependente de uma abordagem multidisciplinar. O objetivo foi caracterizar os Centros de Cirurgia Bariátrica (CCB) relativamente ao volume da atividade cirúrgica, organização dos centros e procedimentos perioperatórios adotados. Material e Métodos: Foi distribuído, por via digital, a todos os CCB nacionais, um inquérito sobre dados referentes à cirurgia bariátrica. Resultados: O inquérito obteve uma taxa de resposta de 100% (10 centros). A maioria dos CCB, 73%, tinha um protocolo de CB. Todos os centros funcionavam com equipas multidisciplinares e em 46% havia anestesiologistas dedicados à CB. Apenas 7 CCB utilizavam modelos de avaliação de risco. Patologia do sono e tromboembolismo venoso eram rastreados por rotina em 91% dos centros. Em todos os centros os doentes cumpriam 6h de jejum pré-operatório. A posição de rampa era usada em 64% dos CCB e CPAP era usado em 54%. Na monitorização, o BIS e o TOF em 91% dos centros. O Remifentanil e o Desflurano eram os fármacos escolhidos na manutenção anestésica. Técnicas poupadoras de opióide eram utilizadas em 82% dos centros. Após CB, os doentes são admitidos em UCPA em 64% dos centros. Apenas 36% dos centros avaliam os doentes no pós-operatório. Discussão e Conclusões: Alguns tópicos necessitam ser otimizados para ir ao encontro das orientações emitidas pela DGS. O crescente volume e as particularidades perioperatórias da CB, tornam evidente a necessidade de estabelecer recomendações nacionais.

Ano

2017

Creators

Sá, Ana Carolina

Bloqueio periférico guiado por Ultrassonografia em paciente portador da síndrome de Charcot-Marie-Tooth tipo 2

A doença de Charcot-Marie-Tooth (DCMT) é uma neuropatia hereditária caracterizada por fraqueza muscular, originando deformidades, diminuição de reflexos profundos e déficits sensitivos. Na DCMT os cuidados incluem terapia de reabilitação e cirurgias para correção de deformidades esqueléticas.   Paciente masculino, 17 anos, portador da DCMT tipo 2, admitido para artroplastia total de quadril esquerdo. A anestesia planejada foi a venosa total alvo controlada e bloqueio de nervos periféricos guiados por ultrassonografia. A indução anestésica foi realizada com remifentanil e propofol. Não foi utilizado nenhum relaxante muscular.  O  despertar foi tranquilo e sem dor. A dor foi avaliada pela Escala Visual Analógica nas 6, 18 e 24 horas após o procedimento.   A técnica de anestesia venosa total alvo controlada livre de relaxantes musculares e halogenados associada a bloqueio de nervos periféricos guiado por ultrassonografia tem se mostrado segura em pacientes portadores da DCMT. 

Ano

2017

Creators

rodrigues, joao alberto martins Cechinel, Clovis Lopes, Maristela Bueno Brichta, Susiane do Rocio Alexandrino, Ricardo

Assessment of chronic postoperative pain: methods and relevance

Background: Chronic pain affects up to 20% of the population in western industrialized countries, and surgery is one major cause. Patients with persistent postsurgical pain are in need for long-term rehabilitation and multidisciplinary treatments that acount with billions of dollars in anual medical expeditures. Efective pain management helps decreasing morbimortality in these patients, improving at the same time health related functions. Optimal pain assessement is the foundation for its management.  Despite many scientific breakthroughs in the understanding of pain and its neurophysiology, precisely assessing and diagnosing a patient’s chronic pain problem is not yet straightforward or well-defined. Given the high clinical and economical impact of postoperative pain, methods of assessing chronic pain are of great deal of importance for the health care team in postsurgical context. Objective: In this study, we aim to review the most recent literature about postoperative chronic pain, focusing on the different pain assessment tools and outcomes measures that should be evaluated. Methods: This review was performed using the PubMed database, focusing on the literature of the last 13 years. Results: There are several scales used to evaluate and study pain in chronic postoperative context. In addition to evaluate pain intensity, quality and temporal aspects of pain, other outcomes should be assessed. Emotional weel-being, sleep-related problems, fatigue and enjoyment of life were identified as the most affected outcomes for the patient. There are assessment tools targeting health related quality of life and emotional well-being. Also, some studies suggest the assessement of pain sensitivity by the means of Quantitative Sensory Testing as it may be relevant in evaluating and treating chronic pain patients. Conclusions: There are several accepted tools for tracking pain-related treatment outcomes. These instruments range from quick, one-item assessments of pain intensity, to long surveys that tap into multiple dimensions of the pain experience and overall functioning. These results suggest the importance of assessing the patient with chronic pain and not just the pain. Emotional and social well being, physical function and pain interference with quality of life should be studied in these patients. Future studies should try to link Quantitative Sensory Testing and structural findings with functional assessments.

Ano

2017

Creators

Costa e Silva, André

Via Aérea Difícil Pediátrica: Disostose Mandibulofacial Tipo Guion-Almeida

A disostose mandibulo-facial tipo Guion-Almeida é uma síndrome polimalformativa rara que condiciona alterações craniofaciais de agravamento progressivo, associadas a dificuldades na ventilação com máscara facial e intubação oro-traqueal.  A via aérea difícil pediátrica é uma causa de importante morbimortalidade anestésica. Estão disponíveis vários equipamentos alternativos ao laringoscópio convencional que facilitam o manuseio da via aérea difícil e garantem menos lesões da mucosa traqueal associada à intubação oro-traqueal.  Apresenta-se um caso de uma criança pequena com esta síndrome em dois momentos cirúrgicos diferentes, descrevendo a abordagem da via aérea em cada uma delas e comparando os equipamentos utilizados.  A intubação oro-traqueal por fibroscopia através da máscara laríngea é uma alternativa eficaz e segura no manuseio da via aérea difícil pediátrica.

Ano

2018

Creators

Gouveia, Francisco Quevedo, Susana Ferreira, Ana Dourado, Cláudia

Analgesic Management of Pectus Excavatum repair in children: a single center experience

Background: The Nuss procedure has gained acceptance as a safe technique for pectus excavatum repair. Despite being minimally invasive, this procedure is associated with severe postoperative pain. The aim of the study was to evaluate the efficacy of our perioperative pain control strategies and related complications. Methods: Patients submitted to the Nuss procedure from January 2007 to December 2015 were retrospectively analyzed. Patient’s clinical files were reviewed and the following data was collected: demographic and preoperative auxiliary diagnostic tests, anesthetic and surgical features, pain management, analgesic effectiveness (Visual Analogue Scale - VAS) and related complications. Results: Combined general + epidural anesthesia was performed in 144 patients (98,6%). The T10-T11 epidural space was accessed in 51,4%. Epidural catheter was placed into the epidural space 5 cm (±SD 0,73). The local anesthetic more frequently used was ropivacaine 0,2% (55,5%). Epidural opioids were also used in 74 patients (51,4%). Local anesthetic epidural infusion was initiated 62min (± SD 23,1) after the initial bolus. The analgesia was good or excellent (VAS<5) in 135 patients (93,8%) on the day of epidural catheter´s removal. Analgesia-related complications on patients under epidural analgesia occurred in 40 patients (27,8%): postoperative nausea and vomiting (50%), pruritus (37,5%), hypotension (5%), urinary retention (5%) and Horner syndrome (2,5%). Discussion/Conclusions: Epidural thoracic analgesia, according to the current literature, is the most effective technique for postoperative pain control in patients undergoing Nuss procedure. We confirm the effectiveness of our pain control strategies with low severity complications and no impact on the postoperative course.   

Ano

2017

Creators

Reis, Lígia Silva

Análise Custo-Efetividade de Autotransfusão de Sangue Filtrada com Cell Saver no Pós-Operatório de Prótese Total de Anca Primária

Introdução: A prótese total da anca é uma intervenção com uma elevada taxa de transfusão. No nosso centro o uso de cell savers, no peri-operatório desta intervenção foi protocolado desde 2010. Os principais objetivos deste estudo foram avaliar se a utilização dos cell savers diminuiu a taxa de transfusão alogénica e comparar os custos diretos associados a ambas as técnicas. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de 669 doentes submetidos a prótese total da anca: O grupo autotransfusão com cell saver com 357 pacientes, no qual foi utilizado o CS e o grupo transfusão de sangue alogénico com 312 pacientes em que não foi usado. Foram avaliadas as taxas de transfusão alogénicas e realizada uma análise comparativa dos custos diretos atribuíveis a cada uma das técnicas de transfusão. Resultados: A taxa de transfusão alogénica no grupo transfusão de sangue alogénico foi de 21,47% e no grupo autotransfusão com cell saver de 16,25% (p = 0,084). No entanto, o número médio de unidades de sangue alogénico por doente transfundido no grupo transfusão de sangue alogénico foi significativamente menor (p = 0,020). O risco relativo de transfusão alogénica com o uso de cell saver foi de 0,76 (IC de 95% 0,55-1,04) e o número de doentes a tratar para a evitar foi de 19. Os custos diretos para evitar uma transfusão alogénica foram de 3888,73 euros. Conclusão: No nosso centro o emprego do cell saver não foi eficaz na redução da taxa de transfusão de sangue alogénico no pós-operatório de artroplastia total unilateral da anca, incrementando em 25 vezes os custos de uma unidade de sangue doada.

Ano

2018

Creators

Fedriani de Matos, Jacobo J. Quintero Salvago, Ana V. Barrios Rodríguez, Laura