Repositório RCAAP
Directiva “Direitos de Autor na Sociedade da Informação”
A directiva 2001/29/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Maio de 2001, relativa à harmonização de certos aspectos do direito de autor e dos direitos conexos na sociedade da informação, encontra-se na fase de transposição nos Estados-membros até 22 de Dezembro de 2002.Este estádio culmina um longo período de intensas discussões e negociações e, uma vez transposta a directiva comunitária para os direitos nacionais, inicia-se uma nova época.As medidas agora preconizadas atingem, sem qualquer dúvida, os utilizadores da informação em geral e os utilizadores das bibliotecas em particular.É desejável que os consumidores, e os que de facto e legitimamente os representam, possam tomar parte activa no processo de transposição no direito nacional. A argumentação de que a defesa do consumidor era uma consequência natural da protecção do autor, não colhe de todo no novo ambiente digital.Há que reforçar a defesa do interesse público e do direito à informação.Cabe aos Estados-membros acautelar as suas tradições jurídicas e a Portugal, ainda, país consumidor e não produtor de informação, acautelar mais do que isso!
Perspectivas para o futuro dos arquivos de família em Portugal
Pretende-se, neste artigo, reflectir sobre aspectos fundamentais para o desenvolvimento do trabalho arquivístico em fundos de família, bem como equacionar pressupostos fundamentais para o desenvolvimento de uma política nacional para este tipo de fundos. O trabalho desenvolvido até ao momento, as questões teóricas e a abordagem legislativa, bem como a componente da investigação, fazem parte de uma preocupação clara do autor na abordagem desta matéria.
Qualidade e avaliação curricular em Biblioteconomia: perspectivas de docentes, egressos e empregadores
Recentes mudanças na legislação do ensino superior no Brasil e as transformações que vêm ocorrendo no país e no mundo, trazem novos desafios às instituições formadoras de profissionais, dentre os quais a necessidade urgente de melhor sintonia com o mercado de trabalho de seus egressos.Esta pesquisa teve como objetivos: a) identificar qual tem sido o desempenho do Curso de Graduação em Biblioteconomia da PUC-Campinas; b) verificar se existe congruência entre a formação profissional proporcionada pela FABI/PUC-Campinas e a prática de seus egressos; c) conhecer a avaliação que os docentes fazem de seu próprio trabalho e d) identificar as principais expectativas das organizações empregadoras quanto ao perfil e atuação do profissional da informação.Os dados necessários à pesquisa foram coletados por meio de questionários junto aos egressos de 1991 a 1995, junto docentes do curso e, por meio de entrevistas estruturadas, junto aos empregadores em diversos tipos de instituição. Os resultados da pesquisa vêm sendo utilizados nas mudanças curriculares implantadas no Curso a partir de 2000.
2003
Beraquet, Vera Sílvia Marão Ciol, Renata Santos, Maria Lygia Kopke Stefani, Regina Celia
Los portales documentales virtuales: objetivos y construcción
O aparecimento da Internet veio criar a maior ferramenta de informação de todos os tempos, mas também a mais dispersa e desorganizada, pelo que as empresas de marketing e comunicação criaram portais para fornecer serviços e conteúdos aos seus clientes numa perspectiva comercial.O campo da documentação acompanhou de perto este crescimento e desordem da informação, pelo que se torna cada dia mais necessário que os especialistas da documentação organizem a informação existente na Internet, criando portais documentais que optimizem a navegação dos seus utilizadores no processo de identificação, localização e acesso ao documento e permitam a comunicação entre documentalistas e a comunidade científica. Em síntese, o portal documental deve procurar dar resposta a todas as necessidades de informação dos utilizadores das nossas bibliotecas e centros de documentação.
A ética para os profissionais da informação audiovisual: o devir tecnológico a moldar uma atitude
A documentação audiovisual suscita um conjunto de considerações técnicas que têm necessariamente repercussões no plano da ética. Daqui decorre uma atitude profissional que deverá ser adoptada por todos os arquivistas. Partindo deste pressuposto, torna-se fundamental positivar um conjunto de normas genéricas que fundamentem um comportamento profissional nesta área da informação. Por outro lado, emerge naturalmente a quase imprescindibilidade da inserção da disciplina Ética Informacional nos cursos de especialização de Ciências Documentais.
Leituras
UNIÃO EUROPEIA. Comissão Europeia. Communication de la Commission au Conseil, au Parlement Européen, au Comité Économique et Social et au Comité des Régions sur une stratégie d’information et de communication pour l’Union Européenne [em linha]. Bruxelles : Commission européenne, 2 juillet 2002 [referência de 22 de Julho 2002]. Disponível na Internet em : <http://europa.eu.int/comm/dgs/press_com munication/pdf/com_2002_350_fr.pdf >. BERNERS-LEE, Tim e outro – Tejendo la red. Madrid: Siglo Veintiuno de España, 2000, 237 p. CASTELS, Manuel – La galaxia Internet: reflexiones sobre Internet, empresa y sociedad. Barcelona: Areté, 2001, 316 p. COUTURE, Carol (dir.) – Les fonctions de l’archivistique contemporaine. Québec: Les Presses de l’Université du Québec, 1999. 560 p. Colecção «Gestion de l’information », 7.
2003
Machado, Helder Rocha Batalha, Vera Leitão, Paulo Penteado, Pedro
Editorial
No Programa de Acção que apresentámos para o triénio 1999-2001 propunhamo-nos retomar a publicação dos Cadernos de forma sistemática e regular, alterando a sua periodicidade para dois números por ano. Previmos a colaboração de outros profissionais, o convite a especialistas, a edição de números temáticos. Vicissitudes diversas, entre as quais limitações de ordem orçamental e a dispersão por outros projectos, bem como algumas da minha exclusiva responsabilidade, como uma deficiente gestão do tempo, determinaram o fracasso deste objectivo. Concluímos a impressão do segundo Caderno de 1996, subordinado às Bibliotecas Escolares, preparámos o terceiro Caderno, dedicado ao Encontro de Arquivos na Arrábida, em 1996, ainda em fase de projecto. Noutro capítulo, preparámos as Actas do Congresso de Aveiro em 1998, finalmente impressas após um complicado processo e já ultrapassadas pelo Congresso do Porto em 2001. Avançámos com a edição dos encontros de Arquivos Empresarias e Municipais, brevemente disponíveis. Publicámos ainda o Código de Ética preparando-se a edição trilingue do mesmo. Retomando os Cadernos, optou o Conselho Directivo Nacional por assumir o hiato temporal entre o último número publicado e este que agora vos chega às mãos, iniciando no ano de 2001 uma nova série. A introdução da nova série é acompanhada da alteração de suporte e de um novo grafismo. A alteração do suporte trouxe-nos vantagens de ordem prática significativas. Por um lado e atendendo às limitações orçamentais que referi, uma diminuição de custos expressiva, por outro, a possibilidade de até ao último minuto podermos acrescentar capítulos ou artigos aos cadernos, sem necessidade de reformular todo o volume e sem acréscimo de despesas. Desta forma contribuímos, ainda, para a preservação da natureza e para a diminuição de volume das nossas bibliotecas. O novo grafismo impunha-se pelo desgaste do modelo anterior, parecendo-nos este mais atraente, sendo com certeza mais alegre. Esperamos que ambas as inovações sejam do vosso agrado. O presente Caderno tem como tema principal os documentos audiovisuais, actualmente presentes em todos os serviços de informação. Abrimos com um texto de reflexão sobre o que são Arquivos audiovisuais e como organizá-los atendendo às suas características e especificidades. Prosseguimos com a recomendação da UNESCO para a preservação e salvaguarda destes Arquivos e concluímos com um Glossário, compilado por portugueses, indispensável para o domínio e compreensão dos termos utilizados quando se fala em Documentos e Arquivos Audiovisuais. Para apoio a todos os que se interessam pelo Audiovisual acrescentam-se bibliografias e links para sites com informação sobre o tema. Iniciamos o capítulo Estudos e Perspectivas com um texto de Carol Couture, autor de referência, dedicado ao papel que se reserva à arquivística e aos arquivistas neste terceiro milénio e alargamos o âmbito ao estudo da gestão da qualidade em Arquivo e à ética profissional. Por fim, dedicamos um terceiro capítulo à Memória em que um bibliotecário fala das suas experiências, se faz o balanço do Encontro Europeu de Arquivos e ao jeito de entrada de dicionário nos debruçamos sobre a vida de um homem. Lamentando de novo a falta de cumprimento, no que respeita ao projecto editorial deste triénio, espero que o presente número dos Cadernos seja inteiramente do vosso agrado e permita novas perspectivas para o futuro.
Uma Filosofia de Arquivos Audiovisuais
Filosofia de Arquivos Audiovisuais, Uma / preparada por Ray Edmondson e membros do AVAPIN [para o] Programa Geral de Informação e UNISIST. - Paris: UNESCO, 1998. - v, 60 p.; 30 cm. - (CII/INF-98/WS/6)
Terminologia Audiovisual
Glossário da Terminologia Audiovisual
2003
Grupo de Trabalho, Arquivos Audiovisuais da BAD
Recomendação para a Protecção e Preservação de Imagens em movimento
Tradução, pelo Grupo de Trabalho de Arquivos Audiovisuais da BAD, do documento "Recomendação para a Protecção e Preservação de Imagens em movimento" apresentado na Conferência Geral da UNESCO, no encontro de Belgrado, de 23 a 28 de Outubro de 1980, na sua 21ª sessão.
2003
UNESCO, United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
Bibliografia sobre Arquivos Audiovisuais
Bibliografia sobre Arquivos Audiovisuais
2003
Sequeira, João Deus Frajado Gonçalves, Orlando
Audiovisual Archives: A Pratical Reader
Bibliografia sobre Arquivos Audiovisuais: Sites e Links
Bibliografia sobre Arquivos Audiovisuais: Sites e Links
Bibliografia sobre Arquivos Audiovisuais: Sites e Links
2003
UPF, Universal Preservation Format Home
L'archivistique à l'aube du troisième millénaire
L'archivistique à l'aube du troisième millénaire
Qualidade em Arquivos e Serviços de Informação
Qualidade em Arquivos e Serviços de Informação
Ética da Informação
Esta minha conferência encerra um ciclo de conferências e debates organizados pela BAD na livraria Barata sobre Ética Profissional de Profissionais de Informação. Em todas as outras estiveram quatro pessoas a falar, nesta estarei eu sozinha. Espero que tenham a paciência de me ouvir e de questionarem todas as minhas afirmações para que, em conjunto, possamos reflectir sobre este tema.Esta conferência tem quatro partes:- Uma Introdução Geral em que apresento sumariamente a distinção entre ética e moral e relaciono o Código de Ética para os profissionais de informação em Portugal com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.- Depois apresento o conceito de Privacidade. A clarificação de um conceito ajuda-nos a perceber melhor porque é que o devemos defender. Relaciono o conceito com as situações mais comuns da prática profissional e baseio o compromisso de respeito para com a Privacidade que assumimos no nosso código de ética com o artigo 12º da DUDH.- Em seguida, explico o que é Liberdade Intelectual, fundamento-a no artigo 19º da DUDH e explicito o seu conceito. Dou ao direito à livre expressão e à liberdade de acesso à informação a sua fundamentação mais humanista.- Termino apresentando o Código de Ética para os Profissionais de Informação em Portugal, digo o que ele não é, exorto à sua aplicação.Segue-se um debate, que está a vosso cargo. Se por acaso tiverem alguma dúvida sobre o que afirmei perguntem. Se tiverem algum caso bicudo que se relacione com estes dois temas: Privacidade e Liberdade Intelectual, por favor exponham-no. Procuraremos que o debate seja animado.
A biblioteca: um laboratório de cultura (ou memória de um bibliotecário)
Texto escrito a partir de uma conferência pronunciada em Lisboa, na Biblioteca Municipal de SãoLázaro, a convite do Pelouro da Cultura, Divisão de Bibliotecas e Documentação
A arquivística europeia na sociedade do conhecimento entre as tecnologias da informação e o documento.
VIª Conferência Europeia sobre ArquivosFlorença, 30 de Maio – 2 de Junho de 2001
TEIXEIRA, Manuel, 1912- : entrada em aberto para um homem que não morre
TEIXEIRA, Manuel, 1912- : entrada em aberto para um homem que não morre
Editorial
O primeiro número impresso dos CADERNOS DE BIBLIOTECONOMIA, ARQUIVÍSTICA E DOCUMENTAÇÃO é, neste momento, uma realidade. Não é, porém, uma realidade gratuita, daquelas que nos chegam às mãos por um golpe de sorte ou um capricho do acaso. É uma realidade que acabamos de conquistar após um dispêndio de esforços que vai contar dois anos e que se traduziu na publicação de seis números policopiados (1). É a consequência lógica de uma linha de conduta que não tergiversou, que não iludiu os mais elementares princípios da honestidade e da sinceridade para connosco próprios.Na verdade, não podem hoje restar dúvidas de que, embora sem a pretensão de contentar todos, o rumo que traçámos foi um rumo certo.A valorização intelectual e profissional de que pretendemos aproximar-nos era e é ainda o primeiro passo a dar. Decerto ela não se processará de um dia para o outro, e o sacrifício que exige não se consumará sem persistência e devoção. Mas é evidente que, nos nossos postos, precisamos de estar aptos a enfrentar os problemas da nossa profissão e a responder nobremente - com a nobreza da nossa preparação técnica- às críticas falazes, à teimosa indiferença dos ignaros, à incompreensão daqueles que nos minimizam mas não dispensam o nosso trabalho. E se nos exprimimos desta forma num momento que, materialmente, está a tornar cada vez mais dura e insustentável a nossa situação, não é porque tentemos fechar os olhos à ingrata realidade das circunstâncias: é porque temos consciência de que estamos numa encruzilhada histórica e porque sabemos que só uma congregação de esforços - a abnegada congregação dos esforços de todos nós - pode abrir-nos horizontes mais largos e mais iluminados.Os CADERNOS saem agora impressos. Não queremos insistir na obra realizada anteriormente (e já historiada nas páginas de outro número) nem queremos abrir aqui um mundo de promessas. É -indispensável, no entanto, fazer notar aos nossos Colegas que a revista terá de viver da colaboração de todos, e que de todos depende a elevação do seu nível técnico.Os CADERNOS impressos constituem, sem dúvida, uma bela realização de que poderemos, se quisermos, orgulhar-nos sempre doravante - não apenas meia dúzia de privilegiados (ou sacrificados ... ) mas todos nós, Bibliotecários- Arquivistas portugueses. A linha de rumo, hoje como ontem, mantém-se inalterável. Integrados nela, empenhemo-nos, lado a lado, por ser profissionalmente dignos dos pergaminhos universitários que nos foram honrosamente concedidos - e as injustiças que se acumulam sobre nós hão-de dissipar-se. Aproxima-se outro acontecimento muito grande e talvez decisivo: 1965 será o ano do nosso I Encontro. Temos de estar todos presentes, com aprumo e dignidade. Os CADERNOS também não faltarão à chamada. ____________________ ( 1 ) Os seis números policopiados, de numeração independente, serão considerados o volume 1 da revista, podendo encadernar-se juntos. Assim, com o presente fascículo dá-se início ao volume 2, que compreenderá todos os fascículos publicados em 1965.