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Relações entre Portugal e Espanha no 3.0 quartel do século XIX - os aspectos cultural e económico

<p>É um facto incontroverso e consabido que as relações peninsulares, a partir de meados do século passado, foram profundamente marcadas por um amplo e complexo fenómeno de índole política e cultural a que vulgarmente se dá a designação de Questão Ibérica.</p> <p>Esta questão teve o seu tempo forte no 3.0 quartel de Oitocentos e é, provavelmente, a responsável pelo reacender e agudizar das desconfianças que marcaram a vivência dos dois povos na época contemporânea.</p>

El iberismo en el contexto de la expansión del nacionalismo en la Península Ibérica

<p>Con estas pala bras lamentaba Juan Sempere y Guarinos 1 desde su exilio en Francia el error de Felipe II al no trasladar la capitalidad a Lisboa. Este tipo de lamentos son un lugar común en la historiografia espafiola y han constituido para muchos espafioles un punto de arranque para reflexionar sobre las identidades ibéricas. En el fondo no pasaban de ser unas valoraciones anacromcas realizadas desde una posición nacionalista sobre una época en la que la nación aún carecía de valor político.</p>

Franco y Salazar, dos dictores a la búsqueda de reconocimiento (1942/1949)

<p>Es sabido cómo durante la Guerra Civil espanola (1936-39) la ayuda dei régimen portugués, comandado por Oliveira Salazar, fue decisivo - sin olvidamos de Alemania e Italia - para el triunfo en Espana de la sublevación franquista y consiguiente dictadura.</p> <p>Cuando aun no había terminado formalmente la contienda espanola, pero cuyo final era inminente, se firma, entre ambos dictadores, el 17 de marzo de 1939 el Tratado de Amistad y No Agresión, conocido como Pacto Ibérico.</p>

Estruturas, alianças e regimes. As relações entre Portugal e a Espanha (1926-1974)

<p>O quase meio século da II República portuguesa forma um período interessante para analisar a importância relativa das estruturas de distribuição internacional do poder, das alianças externas e dos regimes políticos nas relações entre Portugal e a Espanha.</p>

Portugal, Espanha, o volfrâmio e os beligerantes durante e após a segunda guerra mundial

<p>Visa a presente comunicação analisar, de forma comparativa, o modo como, no Portugal do Estado Novo e na Espanha do Nuevo Estado, se estruturaram e foram enquadrados - pelos Governos e aparelhos de Estado respectivos, pelos grupos de países em conflito, com destaque para o Reino Unido/EUA versus Alemanha - os fenómenos sociais-globais habitualmente designados por booms do tungsténio ou "corridas ao volfrâmio ".</p> <p>Tratou-se, n o contexto d a guerra económica progressivamente total que decorreu, a nível mundial, entre 1 939 e 1 945, de situações resultantes do crescimento da importância estratégica dos jazigos europeus de minérios de tungsténio; do correspondente aumento exponencial da procura, preços e oferta dos mesmos - extracção, separação e concentração, transporte, comercialização, armazenamento e exportação (através de métodos legais ou ilegais, envolvendo agentes individuais, empresas de dimensões diversas, entidades públicas).</p>

Las relaciones económicas Portugal-Espana (Segunda mitad s. XX)

<p>Es casi un tópico que las trayectorias de los pueblos portugués y espaiíol en los siglos XIX y XX son muy semej antes, aunque con importantes diferencias. Así ocurre en la segunda rhitad del siglo XX, en la que las dos larguísimas dictaduras (el Estado Novo, iniciado en 1926, y con Salazar y Cateano desde 1932 hasta 1974; y Franco desde 1936 hasta 1 975) terminan con escasa diferencia temporal y dan lugar a procesos de democratización bien diferentes, aunque convergentes finalmente.</p>

La cooperacion transfronteriza Hispano-Portuguesa. Nuevos instrumentos internacionales

<p>Como es bien sabido, la frontera que en la actualidad separa a Espana de Portugal fue definitivamente establecida mediante una serie de tratados internacionales concluídos a finales del siglo pasado y principias de este, los cuales, en gran medida, se limitan a plasmar por escrito una delimitación de caracter consuetudinario que se remonta a finales del siglo XIII, que se mantuvo como línea divisaria interna entre 1581 y 1640 y que recuperó intacta su caracter internacional a partir de esa fecha. La lectura de sus textos permite entrever la exigua entidad de lo que hoy denominamos cooperación transfronteriza. No podía ser de otra manera ya que la situación de la zona afectada se ha caracterizado siempre - utilizando un eufemismo -por la escasez de recursos y por el reducido número y el consiguiente aislamiento de sus pobladores. En estas condiciones, que se han mantenido prácticamente hasta nuestros dias, no es de extrafiar que las relaciones transfronterizas hayan sido, salvo excepciones, muy limitadas.</p>

Experiência da cooperação transfronteiriça norte de Portugal/Castela e Leão

<p>Nos tempos mais recentes, a cooperação transfronteiriça tem assumido uma importância crescente em consequência directa de diversos factores, nomeadamente, da abolição das fronteiras internas da União Europeia (UE), do desenvolvimento de esforços de cooperação da UE com as novas sociedades do Centro e Leste da Europa e da necessidade de promoção das regiões da periferia marítima (Mediterrâneo, Báltico, Mar do Norte e Atlântico).</p>

El nuevo marco territorial de la región del Duero/Douro

<p>1. Para introducimos en el tema se hace preciso partir de que estamos ante una región natural, la región fluvial o cuenca dei Duero y al mismo tiempo ante un fenómeno nuevo, el de una región virtual, más bien una "geoidea", la de una región-proyecto, un espacio para el desarrollo común, regional y local, y una eurorregión en el marco de la Unión Europea. En efecto, son dos concepciones diferentes: de una parte, un espacio o marco natural, territorio tisico de soporte, y, de otra parte, un ámbito para un proyecto común a las dos regiones de Castilla y León y Norte de Portugal, separadas por límites fronterizos nacionales y que en el marco de las regiones de la Unión Europea se traduce en una eurorregión, pues se percibe desde las instituciones y la sociedad que ambas regiones, unidas por su vecindad y por un mismo rio principal, deben participar en un proyecto de complementariedad y cooperación.</p>

As relações do norte de Portugal com a região de Castela e Leão

<p>Durante séculos, Portugal e a Espanha viveram ignorando-se mutuamente, por força de acontecimentos e rivalidades históricas da mais variada natureza, é certo, mas também, por razões de natureza geográfica, económica e social.</p> <p>Esquecendo as origens comuns de povos e culturas pré-romanas, que transcendiam significativamente as linhas divisórias que mais tarde vieram a definir os dois países, nomeadamente, no que diz respeito à fronteira que separa o Norte de Portugal da Galiza, a Norte, e de Castela e Leão a Leste, a verdade é que, por força das vicissitudes da Reconquista, na Alta Idade Média, Portugal veio a constituir-se como Estado independente, desde cedo revelando uma vocação eminentemente marítima, encontrando, no comércio externo, o vector fundamental da sua economia, e no Atlântico, o espaço da sua afirmação, da sua sobrevivência, da civilização que forjou, quiçá, da sua razão de ser e de existir como entidade política autónoma.</p>

Governação de Organizações Públicas em Portugal

<p>O debate do papel do Estado na sociedade portuguesa, nas últimas décadas, tem-se concentrado na dicotomia “Mais Estado/Menos Estado”, sendo igualmente esta a divisão do designado centro das forças políticas portuguesas. Decorre do trabalho que neste livro se apresenta que a dicotomia poderia ser ultrapassada por um desenho diferente das estruturas das organizações públicas. Isto é, a situação conducente a um Melhor estado decorreria de um desenho estrutural em que os decisores políticos ficariam dependentes na decisão, de proposta elaboradas pelos coletivos técnicos envolvidos na preparação do processo decisório.</p>

As Relações Portugal-Brasil no Século XX

<p>Esta obra traduz a importância crescente que o relacionamento entre Portugal e Brasil detém na política externa dos dois países – aproveitando o facto de partilharem a mesma língua, o mesmo universo cultural, os mesmos valores, no quadro de uma agenda política comum que transcende a CPLP, assim como os espaços regionais em que os dois países se situam – de forma a contribuírem para um novo sentido das relações luso-brasileiras, ultrapassadas que estão as simples e episódicas relações culturais e as afirmações retóricas de circunstância que as caracterizaram durante largas décadas. Reúnem-se, pois, neste publicação, os contributos de vários investigadores, nacionais e brasileiros, especialistas nesta problemática, procurando contribuir para o desenvolvimento de estudos científicos sobre o relacionamento luso-brasileiro.</p>

Year

2012

Creators

Fernando de Sousa Paula Santos Paulo Amorim Celso Vieira de Souza Marília Sardenberg Zelner Gonçalves Vamireh Chacon Lauro Moreira Adriano Freixo Darc Costa Williams da Silva Gonçalves Maria Izilda Matos Gladys Sabina Ribeiro Paulo Cruz Terra Fernando José Ludwig

As relações Portugal-Brasil dos anos 1990 até hoje

<p>Este artigo pretende apresentar uma abordagem sobre a evolução do relacionamento&nbsp;entre Portugal e o Brasil, desde a última década do século XX até&nbsp;aos nossos dias, tendo em conta as condicionantes regionais, económicas e financeiras&nbsp;em que cada um destes países se encontra inserido, bem como os fenómenos&nbsp;transnacionais e que afectam todo o sistema internacional – os fenómenos&nbsp;que mais atraem a atenção dos governos dos países do globo nos dias atuais – a&nbsp;mudança climática, o terrorismo, a energia, os movimentos migratórios e o crime&nbsp;organizado, para citarmos os que têm provocado maior número de reuniões e&nbsp;acordos nos fora internacionais. Tudo isto para tentar perceber como se tem&nbsp;desenvolvido o diálogo luso-brasileiro e se tem procurado reforçar o elo entre os&nbsp;dois Estados.</p>

O aprofundamento das relações Brasil-Portugal no contexto da globalização

<p>Este artigo constitui um contributo para a análise das relações entre Brasil e&nbsp;Portugal, enquadradas no âmbito da globalização. É no contexto de uma economia&nbsp;mundial globalizada, que Portugal e o Brasil podem desenvolver uma estratégia&nbsp;mútua de cooperação, que transcenda o quadro de aproximação e relacionamento&nbsp;(inquestionável) entre o Mercosul e a União Europeia, de forma a darem um&nbsp;novo sentido às relações luso-brasileiras e a ultrapassarem definitivamente as&nbsp;simples e episódicas relações culturais e as afirmações retóricas de circunstância&nbsp;que as caracterizaram durante largas décadas.</p>

Brasil e Portugal no mundo

<p>Este artigo desenvolve uma análise crítica sobre Portugal e o Brasil na actualidade,&nbsp;evidenciando todas as suas potencialidades, como também referindo&nbsp;as assimetrias e os pontos menos favoráveis para o desenvolvimento do relacionamento&nbsp;bilateral, de acordo com o enquadramento europeu de Portugal e americano&nbsp;do Brasil. Aponta caminhos que terão de ser escolhidos para relançar&nbsp;Portugal em termos internacionais e para se reforçar o diálogo Portugal-Brasil,&nbsp;em termos económicos e políticos.</p>

Portugal, Brasil, a CPLP e a lusofonia

<p>Este artigo desenvolve uma análise acerca do papel que a CPLP tem nos dias&nbsp;de hoje, não só para o diálogo e cooperação entre os seus Estados-membros,&nbsp;mas também para a sua própria projecção e posicionamento no sistema internacional&nbsp;perante os restantes actores internacionais. Pretende-se demonstrar que,&nbsp;através do património imaterial (a língua), forjado a partir da experiência vivida&nbsp;no âmbito do triângulo Portugal-Brasil-África ao longo do tempo, emergiu de&nbsp;lusofonia, uma construção em permanente evolução.</p>

As relações luso-brasileiras e a CPLP. Algumas reflexões em torno da idéia da lusofonia

<p>Na década de 1980, setores da elite política e da intelectualidade lusas resgataram&nbsp;o antigo ideal de articulação de uma “Comunidade Lusófona”, existente&nbsp;sob diferentes perspectivas desde os primeiros anos do século XX. Naquele&nbsp;momento, Portugal ensaiava um “retorno” à África, quase uma década depois da&nbsp;dissolução de seu império colonial. Assim, procurou-se construir um consenso&nbsp;nacional em torno da sua construção, através da idéia da lusofonia, uma releitura,&nbsp;em novos parâmetros, do discurso secular da originalidade da cultura portuguesa&nbsp;e das marcas que ela deixou no mundo, a partir das grandes navegações dos&nbsp;séculos XV e XVI. Desta forma, através do resgate e da resignificação de um conjunto&nbsp;de mitos extremamente caros ao imaginário lusitano, a idéia da lusofonia&nbsp;ganhou corpo e tornou-se efetivamente uma força mobilizadora para amplos&nbsp;setores da sociedade portuguesa. No entanto, nos outros países que possuem o&nbsp;português como idioma oficial, dentre os quais o Brasil, tal idéia não tem grande&nbsp;repercussão, visto que a mesma se sustenta em uma mitologia cultural e em um&nbsp;imaginário social que são essencialmente lusitanos carecendo, assim, de uma&nbsp;“comunidade de sentido” para os não-portugueses. Tais questões – longe de serem&nbsp;as únicas – ajudam a explicar o desinteresse – e o desconhecimento – da opinião&nbsp;pública e dos formuladores da política externa brasileira pela Comunidade dos&nbsp;Países de Língua Portuguesa – CPLP.</p>

Estratégia nacional e imigração

<p>O artigo coloca a imigração portuguesa para o Brasil como a grande artesã da&nbsp;Estratégia Nacional deste país. Apresenta esta concepção como uma decorrência&nbsp;da primitiva visão de longo prazo presente no Portugal que surge da ruptura&nbsp;da cristandade medieval. Apresenta a estratégia nacional do Brasil e suas&nbsp;razões antropológicas, históricas, económicas e geográficas.</p>

As relações luso-brasileiras nos anos 1950

<p>O trabalho versa sobre as mais mais importantes questões relativas às relações&nbsp;Brasil-Portugal nos anos 1950. Nele, o autor defende a tese segundo a<br /> qual Portugal esteve sempre com a iniciativa diplomática nessas relações, uma&nbsp;vez que elas diziam respeito ao interesse do governo em manter o Império Colonial&nbsp;então ameaçado pela forte pressão descolonizadora internacional. Para Portugal&nbsp;o apoio brasileiro era vital, pelo fato de a ex-colônia ser um grande país da&nbsp;América do Sul e fazer parte do contexto geográfico do Atlântico Sul. Por outro&nbsp;lado, os políticos brasileiros de orientação conservadora apoiavam Portugal em&nbsp;virtude da admiração que tinham por Oliveira Salazar, especialmente pelo seu&nbsp;forte sentimento anti-comunista.</p>

As relações Portugal-Brasil na primeira metade do século XX (1910-1945)

<p>A primeira metade do século XX caracteriza-se, no que se refere ao relacionamento&nbsp;Portugal – Brasil, como um período onde, embora este elo bilateral não&nbsp;tenha sido um dos vértices centrais da política externa de cada um destes países&nbsp;lusófonos (pelo menos relativamente aos resultados alcançados), tenha ficado&nbsp;demonstrada a importância, para ambos os lados do Atlântico, da manutenção da&nbsp;ligação luso-brasileira, quer ao nível político-diplomático, quer ao nível pragmático,&nbsp;procurando aprofundar esse relacionamento através de mecanismos formais e&nbsp;operacionais que se traduzissem em vantagens para as populações nacionais e&nbsp;para o melhoramento da própria imagem e prestígio de cada nação perante o&nbsp;sistema das relações internacionais. Neste artigo, pretendemos analisar a evolução&nbsp;deste relacionamento bilateral desde o fim do regime monárquico em<br /> Portugal até ao final da II Guerra Mundial, momentos que consideramos basilares&nbsp;e que delimitam uma fase específica deste relacionamento. Por um lado, o&nbsp;fim do regime monárquico português permite comprovar que seria possível&nbsp;manter o relacionamento luso-brasileiro, o qual não conseguirá ser reforçado&nbsp;nas décadas de 1910 e 1920 devido à inconstância e instabilidade da I República,&nbsp;mais preocupada com as questões internas e depois com a I guerra mundial e&nbsp;com as suas consequências. Por outro lado, o ano de 1945 conhece o fim do&nbsp;segundo conflito mundial e também o fim do regime varguista no Brasil, conduzindo&nbsp;não só a uma conjuntura mundial que se funda em ideais e valores&nbsp;adversos ao regime português, mas também a uma política externa brasileira&nbsp;diferente que se procura adaptar a esse novo sistema.</p>