Repositório RCAAP

Traços da imigração portuguesa no acervo do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro

<p>Com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, em Março de 1808, acontecem uma série de&nbsp;transformações na vida da cidade. De entre as medidas de natureza econômica criadas por D.&nbsp;João VI, destaca-se a cobrança da Décima Urbana. A criação de mais um imposto que agora gravava&nbsp;os imóveis situados na urbe tinha a intenção de arrecadar recursos para atender aos gastos&nbsp;da nova sede da monarquia portuguesa. Esta fonte – os 1536 Livros de Lançamento de Imposto&nbsp;Predial (IPTU) – forma um conjunto documental, em depósito no Arquivo Geral da Cidade, que&nbsp;permite refletir não só o panorama da criação da Décima Urbana, como traçar os caminhos da&nbsp;construção civil na Cidade, entre os anos de 1808 e 1938. Será possível demarcar a velha tessitura&nbsp;da cidade e os agentes sociais envolvidos na sua produção, como também, a história urbana&nbsp;do período, quem eram os proprietários, as dimensões das chácaras e das casas erguidas no perímetro&nbsp;urbano, os loteamentos realizados, as ruas abertas, etc.</p>

Dicionário de Artistas e Artífices do Norte de Portugal

<p>O <em>Dicionário de Artistas e Artífices do Norte de Portugal </em>teve o objetivo de fazer o levantamento exaustivo dos artistas que exerceram a sua atividade no Norte de Portugal entre os séculos XII e XX, contribuindo para uma maior sistematização da atividade artística do Norte de Portugal, que foi o grande fornecedor de mão-de-obra para o Mundo Português, e permitindo divulgar os artistas e respectivas obras, conhecer a sua circulação e a importância que tiveram no espaço português e, deste modo, contribuir para um melhor conhecimento do património do mundo lusíada.</p>

Ano

2012

Creators

Ana Cristina Correia de Sousa Ana Margarida Portela Domingues António José de Oliveira António Mourato Carla Sofia Queirós Fausto Sanches Martins Joaquim Jaime Barros Ferreira-Alves José Carlos Meneses Rodrigues José Francisco Queiroz Lúcia Rosas Luís Alberto Casimiro Luís Alexandre Rodrigues Manuel Engrácia Antunes Manuel Engrácia Antunes Manuel Joaquim Moreira da Rocha Maria do Carmo Marques Pires Paula Cardona Paula Bessa Susana Matos Abreu Anna Maria Monteiro de Carvalho Cybele Vidal Fernandes Eugênio de Ávila Lins Maria Berthilde Moura Filha Sonia Gomes Pereira

Militarium Ordinum Analecta, n.º 3/4

<p>Esta obra proporciona uma visão global da história da Ordem Militar do Hospital – convenientemente integrada na sua dimensão internacional –, desde a introdução no Condado Portucalense, em data que a autora faz remontar a 1112, até à integração definitiva na órbita e controlo da Coroa, com a designação do Infante D. Luís, filho de D. Manuel, para Prior-mor, situação prosseguida com o reconhecimento, em 1551, de D. António, Prior do Crato, como sucessor no cargo. A autora teve ainda o cuidado de integrar o estudo do caso português da Ordem do Hospital de S. João de Jerusalém no plano internacional, criando, assim, um amplo cenário, em que o priorado de Portugal emerge no quadro da "língua" ou "nação" da Hispânia.</p>

Militarium Ordinum Analecta, n.º 10

<p>Este volume apresenta e analisa os textos de frei Jeronimo Román dedicados às Ordens Militares portuguesas (Cristo, Santiago e Avis). Tratando-se do mais antigo relato sobre a história destas Ordens Militares lusitanas, tem sido objecto de referência frequente por parte dos estudiosos desta temática, considerando que, em muitos casos, a informação deste cronista, é, tanto quanto se sabe até a este momento, a única disponível. Neste sentido, não existindo nenhuma edição dos mesmos textos, entendeu-se ser útil a sua publicação, divulgando-os assim junto do público interessado.</p>

Ano

2012

Creators

Paula Pinto Costa Luís Adão da Fonseca Maria Cristina Pimenta Isabel Morgado Sousa e Silva Joel Mata

Militarium Ordinum Analecta, n.º 9

<p>Esta obra estuda um caso monográfico dentro da Ordem de Santiago. A circunstância de a comenda de Santos constituir um caso único de casa conventual do ramo feminino desta milícia em Portugal e dela terem chegado até ao nosso conhecimento um abundante fundo documental justificam deste modo que lhe tenha sido dedicada uma atenção exclusiva. Através de uma análise exaustiva das fontes disponíveis, o autor apresenta-nos um volume organizado de forma muito clara. Dividido em duas partes (a Estrutura Sociológica e a Patrimonialização), este trabalho é ainda apoiado num numeroso conjunto de quadros.</p>

Militarium Ordinum Analecta, n.º 7

<p>O <em>Livro dos Copos</em> é um cartulário da Ordem Religiosa e Militar de Santiago, mandado fazer por D. João II, no ano de 1484, designação pela qual é conhecido. O seu conteúdo integra, sobretudo, documentação de proveniência régia e apostólica, a qual, na sua globalidade, define e confirma à Ordem de Santiago os seus direitos de carácter jurisdicional, na sua dupla vertente temporal e espiritual, bem como o amplo conjunto de privilégios e propriedades, sendo evidentes os conflitos centrados no exercício de diversas prerrogativas. A estes acrescem outros diplomas, em número mais reduzido, mas que, embora sejam provenientes da própria Ordem, respeitam os objetivos que acabámos de indicar, como forais concedidos por esta instituição, aforamentos e escambos de propriedades e excertos de textos normativos. Assim, este registo pode ser considerado como um dos elementos do processo de afirmação da Ordem, que reverte em benefício da monarquia, a qual faz um esforço por compilar os documentos que garantem o exercício do poder.</p>

Ano

2012

Creators

Paula Pinto Costa Luís Adão da Fonseca Maria Cristina Pimenta Isabel Morgado Sousa e Silva Joel Mata

Militarium Ordinum Analecta, n.º 8

<p>Este trabalho tem como objectivo principal a divulgação de uma fonte medieval de natureza judicial, do início do séc. XV, bem como a apresentação da matéria aqui versada e o seu respectivo contexto. Trata‑se de um processo extenso, tanto na perspectiva cronológica, na medida em que o objecto em questão é gerador de discórdias entre a Coroa e a Ordem do Hospital, pelo menos nos reinados de D. Fernando e de D. João I, como do ponto de vista formal, uma vez que foi registado em 98 fólios, escritos frente e verso. Esta sentença incide sobre um diferendo entre a Coroa e a Ordem do Hospital, centrado nuns canais de pesca que os freires construíram no rio Tejo, concretamente em torno da zona de Belver, e que representavam uma forte concorrência a infra‑estruturas pesqueiras semelhantes que a Coroa possuía em Abrantes.</p>

Militarium Ordinum Analecta, n.º 5

<p>A presente obra estuda um período fulcral da história das Ordens em Portugal, particularmente das Ordens de Avis e de Santiago. Trata-se da análise do governo de D. Jorge, figura fundamental para entender a relação de poderes entre as referidas milícias e a monarquia portuguesa, num período longo de mais de meio século, especialmente rico para a compreensão da função destas instituições no advento da época Moderna. Assim, o tema objeto de consideração incide prioritariamente na apresentação sistemática das práticas de governo do filho de D. João II, no seu peculiar estatuto político decorrente das circunstâncias em que teve lugar, em Portugal, a sucessão régia na pessoa de D. Manuel. Por outro lado, foram igualmente estudados os diferentes níveis de atuação que, no âmbito do governo de D. Jorge (1492-1550), se traduziram na reorganização administrativa das milícias, obedecendo a um projeto já de tipo Moderno.</p>

Militarium Ordinum Analecta, n.º 6

<p>A Ordem de Cristo tem sido objeto de numerosos estudos da mais variada índole, favorecidos, em parte, pelo facto de esta milícia ser, à luz da memória coletiva, associada à primeira Expansão Portuguesa. Por outro lado, a circunstância do Infante D. Henrique ter sido o mais conhecido dos seus responsáveis abriu a porta a que, a propósito desta figura da nossa história, se aborde frequentemente a problemática da Ordem. No entanto, não se pode dizer que a milícia em causa tenha sido satisfatoriamente estudada de modo sistemático.</p> <p>Se o objeto de uma anterior publicação da autora do presente volume foi o estudo de uma conjuntura importante na história da Ordem – o governo do último Mestre antes da sua associação à Casa Real -, coincidindo com a época especialmente difícil da crise dinástica de finais do século XIV, impunha-se, num segundo momento, estudar como um todo o período subsequente. Com efeito, as datas de 1417 a 1521 representam os marcos cronológicos dentro dos quais (do início do governo do Infante D. Henrique à morte de D. Manuel) a Ordem vive na órbita da Casa Real. Com a morte do Venturoso (1 521), a ordem de Cristo passará a depender diretamente da pessoa do Rei (D. João III), constituindo este o primeiro passo que conduzirá à incorporação definitiva dos mestrados na Monarquia em 1551.</p>

Militarium Ordinum Analecta, n.º 2

<p>Esta obra trata de um tema tanto mais significativo quanto tradicionalmente se tem reconhecido a importância das Regras para um melhor conhecimento do enquadramento institucional e social das milícias. Através da sua leitura, poder-se-ão compreender melhor múltiplos aspetos da vida da instituição. No caso concreto da Ordem de Cristo, estuda e compara o esforço legislativo empreendido pelo Infante D. Henrique e pelo rei D. Manuel I, que se concretizaria na edição da Regra de 1503. Pelo contrário, no que à Ordem de Santiago diz respeito, a investigação debruçou-se sobre a edição da Regra de 1509.</p>

Militarium Ordinum Analecta, n.º 1

<p>Este volume apresenta dois trabalhos de investigação sobre ordens militares ao tempo de D. João I, nomeadamente <em>A Ordem de Cristo durante o Mestrado de D. Lopo Dias de Sousa (1373-1417)</em>, da autoria de Isabel Morgado, e <em>A Ordem Militar de Avis durante o Mestrado de D. Fernão Rodrigues de Sequeira</em>, por Cristina Pimenta.</p> <p>Na secção <em>Varia</em>, podemos ainda encontrar um artigo sobre os <em>Aspectos Sociales y Económicos del Movimiento Cruzado (1095-1291)</em>, de Luís Garcia-Guijarro Ramos, e um outro sobre <em>La Corona de Castilla y la Incorporación de los Maestrazgos</em>, de Carlos de Ayala Martínez.</p>

Ano

2012

Creators

Luís Adão da Fonseca Isabel Morgado Sousa e Silva Maria Cristina Pimenta Luís Garcia-Guijarro Ramos Carlos de Ayala Martínez

A Misericórdia de Vila Real e as Misericórdias no Mundo de Expressão Portuguesa

<p>O presente volume reúne, em mais de 700 páginas, os trabalhos apresentados no Seminário Internacional <em>A Misericórdia de Vila Real e as Misericórdias no Mundo de Expressão Portuguesa</em>, organizado pelo CEPESE, e que contou com a contribuição de reputados especialistas portugueses, espanhóis e brasileiros, com o objetivo de dar a conhecer o relevante papel que a Misericórdia de Vila Real tem desempenhado desde a sua fundação, no plano social e humanitário, e chamar a atenção para o seu excecional património histórico, documental e artístico, no contexto mais vasto da importância que as Misericórdias tiveram aos mais diversos níveis, em Portugal e no mundo de expressão portuguesa.</p>

Ano

2012

Creators

Alberto Darias Príncipe Ana Cristina Correia de Sousa Ana Goy Diz Ana Margarida Portela Domingues Ana Maria Borges Anna Maria Monteiro de Carvalho António José de Oliveira António Mourato Carla Sofia Queirós Cybele Vidal Fernandes Diana Gonçalves dos Santos Eugênio de Ávila Lins Fernando de Sousa Joaquim Jaime Barros Ferreira-Alves José Carlos Meneses Rodrigues José Francisco Queiroz José Marques Juan M. Monterroso Montero Lúcia Rosas Luís Alexandre Rodrigues Luís Marino Ucha M. Carmen Folgar de la Calle Manuel Couto Manuel Engrácia Antunes Manuel Silva Gonçalves Marcelo Almeida Oliveira Maria Berthilde Moura Filha Maria de Fátima Eusébio Maria del Mar Lozano Bartolozzi Natália Marinho Ferreira-Alves Paula Bessa Paula Cardona Paulo Amorim Paulo Guimarães Pedro Dias Regina Anacleto Ricardo Rocha Sonia Gomes Pereira Susana Matos Abreu Teresa Leonor M. Vale Vitor Serrão

Los hospitales en Canarias durante el Antiguo Régimen

<p>A pesar de los cambios sustanciales que a principios de la Edad Moderna se venían operando en los hospitales, Canarias comenzó su organización sanitaria con una política sólo preventiva: cerrar puertos y aislar a enfermos, de modo que los Cabildos dejaron este tema en manos de la Iglesia, los Mecenas o las Cofradías formadas por los ciudadanos.</p> <p>La Ilustración trajo una conciencia, al menos en teoría, de las obligaciones para con los enfermos, lo que duró hasta que el Estado se hizo cargo de este cometido. Traemos tres ejemplos representativos donde cada una de estas instituciones siguieron una política diferente, de modo que son tres los modelos que comúnmente se van a seguir en Canarias en el Antiguo Régimen.</p>

As Misericórdias em Portugal: problemas urbanísticos e soluções recorrentes

<p>Este trabalho procurar fazer uma primeira abordagem à localização das igrejas das misericórdias portuguesas: quais os problemas urbanísticos que se colocaram e quais as soluções mais frequentes. Para além das questões económicas, aliadas a contingências várias – derivadas da história de cada misericórdia e das características específicas do respectivo núcleo urbano; é enfatizado o papel das misericórdias portuguesas como elementos integrantes e polarizadores de centros cívicos.</p>

A igreja da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo. Alguns aspectos artísticos

<p>O presente trabalho diz respeito à igreja da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, um imóvel de grande merecimento artístico, quer no que diz respeito à sua arquitectura, quer ao seu património integrado. Para além deste facto, esta igreja que não foi construída de um fôlego, tem uma história que se cruza com a história da própria Irmandade.</p> <p>Iniciada no século XVI, segundo os cânones artísticos do gótico final, conserva deste período o portal e a abóbada da nave. Ao longo do século XVIII e início do XIX, sofreu vultuosas obras, no âmbito da arquitectura e da sua redecoração, que a transformaram num espaço com características barrocas, se bem que com uma decoração já oitocentista.</p>

A actividade de artistas na Igreja da Misericórdia de Guimarães (século XVIII)

<p>Ao longo do percurso artístico da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães vamos encontrar, na maior parte das suas fases construtivas, alguns dos melhores artistas que trabalharam na vila.</p> <p>O espírito empreendedor e a robustez económica da Misericórdia de Guimarães foram os motores para o vasto programa de obras incrementadas no seu templo. Neste contexto de intensa actividade construtiva, apresentamos os pedreiros, carpinteiros, entalhadores, imaginários, pintores, serralheiros e sineiros que, durante a centúria de Setecentos, arremataram empreitadas para a Misericórdia de Guimarães.</p>

A família Costa e a Santa Casa da Misericórdia do Porto

<p>António José da Costa nasceu no Porto, em 1840. Adquiriu a sua formação artística na Academia Portuense de Belas Artes entre 1853 e 1862.A primeira fase da sua carreira é marcada pela sua afirmação como retratista, mas no início do século XX era já considerado como o primeiro pintor de flores do nosso país, dedicando-se ainda ao ensino do Desenho e da Pintura.</p> <p>Júlio Costa nasceu em 1853. Foi discípulo do seu tio, António José da Costa, tendo frequentado igualmente a Academia Portuense de Belas Artes. O seu trabalho foi muito apreciado no Porto, no início do século XX, devido principalmente à grande correcção no desenho, colorido delicado, composição sóbria e estudo psicológico dos retratados. Tal como o tio, obteve grande êxito como professor de Desenho e Pintura.</p> <p>Margarida Costa nasceu em 1881. Foi discípula do pai, Júlio Costa, antes de se matricular nas Belas Artes, em 1892. Muito influenciada pelo tio-avô, dedicou-se sobretudo à pintura de flores, tal como as suas duas filhas, Fernanda Costa (1902- 1968) e Clotilde Costa (1904-1973), que praticando assiduamente a miniatura.</p> <p>A família Costa trabalhou ao longo de mais de meio século para a Santa Casa da Misericórdia do Porto, efectuando número significativo de retratos de benfeitores que hoje a instituição possui.</p>

A primitiva e desaparecida Igreja da Misericórdia de Lamego

<p>A história da primitiva Igreja da Misericórdia de Lamego continua imbuída em grande secretismo, no que toca aos artistas e artífices responsáveis pela sua construção e ornamentação.</p> <p>São quase inexistentes os nomes, datas e documentos referentes à sua fundação, assim como permanecem anónimos os autores de quase todas as obras de arquitectura, pintura, imaginária e talha que ao longo dos séculos trabalharam para esta Irmandade. Desapareceu o edifício, o espólio, mas também quase toda a documentação. Do material compulsado, procurámos apresentar uma breve e incipiente resenha histórica daquela que teria sido uma das igrejas mais ricas existentes na cidade de Lamego, durante os séculos XVI a XX.</p>

Azulejaria de fabrico coimbrão em Misericórdias da região centro: os casos de Mangualde e Pereira

<p>A difusão dos azulejos saídos das oficinas coimbrãs no século XVIII ocupa a mancha central do território nacional, tendo como clientela preferencial a Igreja. Com efeito, também as irmandades das Misericórdias realizariam encomendas para os seus espaços sacros àquele centro de produção, servindo-se das potencialidades do azulejo para transmitir os valores da sua missão assistencial. Os exemplos dos núcleos azulejares das Misericórdias de Pereira (Montemor-o-Velho, Coimbra) e Mangualde (Viseu), embora revelando sensibilidades estéticas distintas – naturalmente advindas do hiato cronológico que os separa – coincidem não só na escolha do mesmo centro produtor, mas também na complexidade da construção dos programas iconográficos associados ao prospecto modelar de Fé que une ambas as instituições. Se, até à data, a ausência de documentação para a obra de azulejaria de Mangualde obriga a atribuições maioritariamente com base em aspectos técnicos e formais, novos dados surgiram sobre os azulejos de Pereira sobre a datação do conjunto e autoria.</p>

Artistas e artífices que actuaram na Santa Casa da Misericórdia de Salvador: séculos XVII e XVIII

<p>A instituição do hospital da Santa Casa em Salvador ocorre quando da fundação da cidade, em 1549. As primitivas instalações serão substituídas por novas ainda no século XVI, que sofrerão danos quando reconquista da cidade após a Invasão Holandesa, de 1624. Informações históricas dão conta de que após a retomada da cidade pelos portugueses os registos documentais da Santa Casa tinham desaparecido e de que a instituição não poupa esforços em reconstituir as suas memórias, principalmente aquelas relacionadas com os bens de sua propriedade.</p> <p>Porém, somente a partir da metade do século XVII é que se passa ter registo sistemático do quotidiano da Santa Casa, destacando-se as obras realizadas em seus edifícios. Os “Livro de Acordãos” e “Receita e Despesas”, fornecem as mais variadas informações relativas aos contratos, aos profissionais prestadores de serviços, os materiais utilizados, os custos e principalmente as peculiaridades do fazer artístico.</p> <p>No texto, optámos por trabalhar as informações contidas nos “Livro de Acordão” do período compreendido do século XVII ao XVIII, relativas às obras realizadas na Santa Casa, em função da grande quantidade de dados disponíveis. Diante ainda de um universo de informações, seleccionámos aqueles que trazem uma significativa contribuição a Historiografia da Arte Luso Brasileira, com destaque para os artistas e artífices responsáveis em última instância pelo fazer artístico.</p>